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MEMÓRIA
Profissionalização aumentou salários de técnicos no país
DOS ENVIADOS A HAMAMATSU
O salário dos treinadores da
seleção foi crescendo à medida
que o futebol brasileiro se tornava um negócio.
Flávio Costa, que comandou
o Brasil na Copa de 1950, não
fez fortuna como os últimos
técnicos da seleção. Quando
morreu, Costa morava em um
apartamento de classe média
no bairro do Flamengo.
Treinador da seleção no
Mundial de 54, Zezé Moreira
também não enriqueceu. Mesmo assim, ele conseguiu comprar um apartamento na avenida Atlântica, um dos pontos
turísticos do Rio, mas longe da
Barra da Tijuca, bairro preferido dos boleiros cariocas.
A partir dos anos 70, a vida
financeira dos treinadores brasileiros deu uma virada. A
maioria dos últimos ex-técnicos fez fortuna no Oriente Médio antes de ir para a seleção.
Assim como Luiz Felipe Scolari, Zagallo, Carlos Alberto
Parreira, Telê Santana e Wanderley Luxemburgo enriqueceram trabalhando na região.
Sebastião Lazaroni trabalhou também em países do
Oriente Médio, mas conseguiu
ganhar fortuna depois da Copa de 90. Apesar do fracasso da
seleção no Mundial, ele fez
uma série de contratos milionários com clubes europeus.
Apesar de ricos, Zagallo e Telê tinham fama de ""mão fechada". Eles não gostavam de gastar dinheiro até para ir trabalhar no prédio da CBF. Telê
chegava a cobrar para dar entrevistas na TV durante a Copa
do Mundo.
(FV, FM, JAB e SR)
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