São Paulo, sexta-feira, 21 de junho de 2002

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MEMÓRIA

Profissionalização aumentou salários de técnicos no país

DOS ENVIADOS A HAMAMATSU

O salário dos treinadores da seleção foi crescendo à medida que o futebol brasileiro se tornava um negócio.
Flávio Costa, que comandou o Brasil na Copa de 1950, não fez fortuna como os últimos técnicos da seleção. Quando morreu, Costa morava em um apartamento de classe média no bairro do Flamengo.
Treinador da seleção no Mundial de 54, Zezé Moreira também não enriqueceu. Mesmo assim, ele conseguiu comprar um apartamento na avenida Atlântica, um dos pontos turísticos do Rio, mas longe da Barra da Tijuca, bairro preferido dos boleiros cariocas.
A partir dos anos 70, a vida financeira dos treinadores brasileiros deu uma virada. A maioria dos últimos ex-técnicos fez fortuna no Oriente Médio antes de ir para a seleção.
Assim como Luiz Felipe Scolari, Zagallo, Carlos Alberto Parreira, Telê Santana e Wanderley Luxemburgo enriqueceram trabalhando na região.
Sebastião Lazaroni trabalhou também em países do Oriente Médio, mas conseguiu ganhar fortuna depois da Copa de 90. Apesar do fracasso da seleção no Mundial, ele fez uma série de contratos milionários com clubes europeus.
Apesar de ricos, Zagallo e Telê tinham fama de ""mão fechada". Eles não gostavam de gastar dinheiro até para ir trabalhar no prédio da CBF. Telê chegava a cobrar para dar entrevistas na TV durante a Copa do Mundo. (FV, FM, JAB e SR)


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