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FUTEBOL
Derrota para EUA pode tirar time, que não cai em uma 1ª fase desde o Mundial inglês, da Copa das das Confederações
Brasil tenta afugentar reprise da Copa-66
PAULO COBOS
ENVIADO ESPECIAL A SAINT-ÉTIENNE
A seleção brasileira joga hoje,
em Lyon, às 16h, contra os EUA,
para evitar um tipo de vexame
que não conhece há 37 anos.
Se perder dos americanos, o time estará eliminado da Copa das
Confederações já na primeira fase
caso Camarões e Turquia empatem ou a seleção européia vença.
Desde 1966, quando caiu na fase
inicial da Copa do Mundo realizada na Inglaterra, a seleção do Brasil não se despede tão cedo de
uma competição adulta organizada pela Fifa que ainda existe.
Nesse período, o país disputou
nove Mundiais e outras três edições do campeonato que joga
agora em gramados franceses.
Na concentração do time em
Saint-Étienne, a possibilidade do
fiasco nem é considerada.
"O futebol brasileiro tem todas
as condições de vencer os dois jogos que nos restam na primeira
fase", diz, confiante, o técnico
Carlos Alberto Parreira. Depois
do jogo contra os EUA, a equipe
nacional volta a campo na segunda-feira, quando pega a Turquia.
Nem algumas das formações
mais criticadas da história da seleção brasileira tiveram o destino
trágico que ameaça o grupo atual.
Na última Copa das Confederações, por exemplo, o famoso time
de Emerson Leão, que tinha o volante Leomar como símbolo, conseguiu chegar, ao menos, às semifinais do certame, quando acabou
batido pela França.
Em 1990, no Mundial da Itália, o
criticado esquema tático 3-5-2 do
técnico Sebastião Lazaroni sobreviveu, com 100% de aproveitamento, à primeira fase da disputa.
Caiu em seguida, nas oitavas.
Em outras categorias, o Brasil
também nunca passou por uma
situação tão ruim. O time sub-20,
por exemplo, sempre avançou à
segunda fase nas 12 edições do
Mundial que disputou.
Para não entrar para a história
pela porta do fundo, os mais veteranos pedem motivação extra para os novatos. "Precisamos de
duas vitórias, e o grupo sabe bem
disso, porque conhece a responsabilidade de defender a seleção
brasileira", afirma o capitão e volante Emerson.
Pelo lado da comissão técnica,
Parreira prefere não fazer contas.
"Temos que ganhar os dois jogos para não depender de ninguém", diz o treinador.
Nas duas rodadas derradeiras
na Copa das Confederações-2003,
o Brasil terá duas paradas duras.
Os americanos ocupam atualmente o décimo lugar do ranking
da Fifa, enquanto os turcos estão
no oitavo posto.
Desde que esse sistema de classificação foi criado, no início dos
anos 90, o país não encarava uma
fase inicial tão dura como agora
em uma competição mundial.
Segundo Parreira, além da boa
fase técnica dos adversários, um
outro fator atrapalha sua equipe,
que ganhou apenas um dos cinco
jogos que disputou neste ano.
"Todos os rivais que enfrentaram o Brasil fazem o jogo de suas
vidas, e isso dificulta muito o nosso trabalho", afirma o treinador,
que repete esse discurso desde
que assumiu o cargo.
NA TV - Globo e Rede Vida, ao
vivo, às 16h
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