São Paulo, domingo, 21 de julho de 2002

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Argentinos pedirão ajuda à Fifa

DA REPORTAGEM LOCAL

Pior ainda do que a da Europa e até mesmo a do Brasil está a situação do futebol argentino.
De 58 clubes das três principais divisões do país que responderam a um questionário da AFA, a Associação de Futebol Argentino, 52 afirmaram que não estão conseguindo bancar a folha de pagamento desde o início do ano.
A crise que afeta o país afastou o público do esporte e, apesar da redução do preço dos ingressos, em média, de US$ 15 para US$ 3 por partida, os estádios têm ficado às moscas. E as perspectivas, especialmente depois do fiasco da Argentina no Mundial-2002, são as mais sombrias possíveis.
O Campeonato Argentino está sendo negociado por US$ 10 milhões e nada mais.
No próximo mês, Julio Grondona, presidente da AFA e um dos principais aliados de Joseph Blatter, deverá ir à Suíça pedir empréstimo à Fifa.
A entidade que dirige o futebol argentino contava com uma boa campanha na Copa Coréia/Japão para amenizar seus problemas financeiros. Se tivesse ganho o torneio, teria dado no máximo US$ 30 mil a cada atleta -o Brasil ficou de dar US$ 150 mil a cada jogador e integrante da delegação na Copa- e, com o que recebesse da Fifa, ajudaria os clubes do país.
Como nada deu certo, os times têm recorrido ao governo, pedindo anistia fiscal. Têm conseguido retardar os pagamentos, mas não o suficiente para se equilibrarem economicamente. (FS e JCA)


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