São Paulo, domingo, 21 de julho de 2002

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Fim do passe diminui as receitas

DA REPORTAGEM LOCAL

A extinção do passe também é apontada como uma das causas da perda de receita dos clubes.
Desde o ano passado, houve uma explosão de processos em que as equipes são acionadas e acabam perdendo o atleta sem receber nada, casos de Deivid, Juninho Pernambucano e Rogério, lateral-direito do Corinthians.
"Esse dinheiro acabava sendo representativo para os clubes", analisou o advogado especializado em direito esportivo Leonardo Serafim dos Anjos, do escritório Demarest & Almeida.
O caso do pentacampeão Ronaldinho é emblemático. O Grêmio pretendia receber R$ 84 milhões pelo seu passe, mas ficou só com os US$ 5,8 milhões -estipulados pela Fifa- a serem pagos pelo Paris Saint-Germain, clube com quem o atleta assinara um pré-contrato antes do fim de seu vínculo com a equipe gaúcha.
"O problema é que os clubes daqui jamais exploraram de forma eficaz outras fontes de renda, como a venda de produtos licenciados", completou dos Anjos.
O passe acabou oficialmente no dia 26 de março do ano passado.
Um recurso bastante utilizado atualmente com o intuito de compensar os efeitos da nova legislação é a fixação de multas contratuais altíssimas, que acabam substituindo o valor do passe.
Outro artifício é a negociação do jogador antes do final do compromisso com o clube para não perdê-lo sem nenhuma compensação financeira. (FS e JCA)


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