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PINGUE-PONGUE
Piloto nega peso no ombro e evita falar do futuro
DO ENVIADO A SILVERSTONE
A vitória de ontem encerrou
uma sequência de maus resultados de Rubens Barrichello,
31. Até então, ele vinha fazendo
sua pior temporada pela Ferrari. Não fazia uma corrida convincente desde que abandonou
o GP Brasil, sem gasolina.
Nos últimos meses, foi tachado de desmotivado na Itália e
de "mercenário" por Bernie
Ecclestone, homem-forte da F-1, por sua subserviência a Michael Schumacher. Foi, ainda,
excluído da renovação coletiva
de contratos da Ferrari até 06.
O resultado de Silverstone
pode ajudá-lo nas negociações
com o time. Mas, ontem, ele
não queria falar sobre o futuro.
"O que vale é vencer prova a
prova e depois ver o que acontece", disse o piloto, que chegaria hoje a São Paulo.
(FSX)
Pergunta - A vitória tirou algum peso dos seus ombros?
Barrichello - De uma vez por
todas é bom abrir o jogo: não
tenho peso nos ombros. Corro
por uma equipe competitiva e
que tem uma pessoa muito
competitiva, que é o Schumacher. Tenho que dar satisfação
lá em casa, para minha mulher,
meu filho. E tenho que dar satisfação para quem me paga.
Pergunta - Como foi o GP?
Rubens Barrichello - Não esperava cair para terceiro na largada. Isso fez com que eu repensasse meu ritmo, o desgaste
dos pneus. Isso tornou a corrida mais difícil e mais especial.
Pergunta - E o momento em
que o manifestante apareceu?
Barrichello - Para falar a verdade, eu não vi o loucão. Na
pista, não sabia o porquê do safety car. Lá em Hockenheim,
precisei de um doidão para ganhar. Aqui eu não precisava.
Pergunta - Dedica sua sexta vitória a alguém?
Barrichello - À Silvana [mulher], ao Eduardo [filho]. Temos que agradecer a Deus pela
vida que temos. Na sexta, ninguém queria estar no meu lugar. Hoje, todos queriam.
Pergunta - Você provou que é
possível ultrapassar na F-1?
Barrichello - Os pneus da
Bridgestone estavam melhores
que os da concorrência. Com
essa disparidade, você tem a
chance de fazer linhas diferentes e sair mais rápido de curvas.
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