TONI ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL

De surpresa do Brasileiro a mero coadjuvante no segundo turno. O futebol de Santa Catarina, que surgiu como novo expoente em 2004, começa a ficar no caminho e, pela primeira vez no torneio, nenhum dos dois times figuram entre os top ten da tabela.
Com um início de campanha irretocável, Figueirense e Criciúma colocaram o nome do seu Estado em evidência, ofuscando vitrines, como São Paulo, Rio, Minas, Paraná e Rio Grande do Sul.
Nas 11 primeiras rodadas, os dois times catarinenses foram líderes em sete oportunidades, o que dá um aproveitamento de 63,6%, segundo o Datafolha.
O Figueirense detém ainda a maior invencibilidade no torneio: 10 jogos, ao lado do Palmeiras. Já o Criciúma, líder por quatro rodadas consecutivas, chegou a ter o segundo melhor ataque: 18 gols.
Mas apesar de seu bom começo o Criciúma sucumbiu em uma seqüência de seis jogos sem vitória -cinco derrotas e um empate- e despencou na tabela, caindo da primeira para a 15ª posição. O clube até esteve perto de demitir o treinador Vágner Benazzi.
"Após essa fase difícil, a equipe mostrou o seu poder de reação. Agora, a prioridade é lutar novamente para tentar ficar entre os cinco primeiros", afirmou o técnico do Criciúma.
No entanto, o time dá mostras de que a recuperação não deve ser tão fácil assim. Sem conseguir uma seqüência de duas vitórias desde a 21ª rodada, o Criciúma caiu para a 11ª colocação com a derrota de 2 a 0 para o São Paulo anteontem no Morumbi.
Já o Figueirense, que na 19ª rodada ocupava a zona da Libertadores (quarto lugar), acumula agora seis partidas sem saber o que é vitória e figura um posto abaixo do rival Criciúma.
Para tentar a retomada, os dois times contrataram. O Figueirense trouxe Alexandre Gaúcho, 35, e o ex-palmeirense Galeano, 32. Já o Criciúma apostou no atacante Ceará, ex-Belenenses de Portugal.


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