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Brasil joga sorte contra "Scolari das quadras"
Seleção precisa bater Turquia amanhã para melhorar sua posição no Mundial
Equipe turca é dirigida por Bogdan Tanjevic, treinador que caiu diante do Sírio em Mundial de clubes e alterou trajetória de Oscar e Marcel
ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL
Ele quase não se senta no
banco durante as partidas. Fica
à beira da quadra gritando e cobrando empenho dos atletas.
Teve pulso firme para barrar
Hedo Turkoglu (Orlando) e
Mehmet Okur (Utah) do time.
Até aqui, tal estratégia deu
resultado. Bogdan Tanjevic, 59,
o Boscia, fez a Turquia vencer
seus dois primeiros compromissos no Mundial de basquete
do Japão, contra Lituânia (76 a
74) e Austrália (76 a 68).
De nona no Europeu-05 -só
viajou ao Japão graças a convite
da Federação Internacional de
Basquete-, a Turquia divide a
liderança do Grupo C, o mais
equilibrado da competição,
com a Grécia, campeã européia.
Amanhã, às 7h, quando colocar sua equipe em quadra para
enfrentar o Brasil, Boscia reencontrará o país com o qual viveu alegrias e dissabores.
Em 1979, quando dava seus
primeiros passos na carreira,
levou o Bosna, da ex-Iugoslávia, ao título europeu. Com isso, classificou a equipe para disputar a Copa William Jones, espécie de Mundial de clubes
não-oficial, em São Paulo.
Na partida final, o Bosna pegou o Sírio de Oscar e Marcel.
Os europeus venciam por dois
pontos faltando dois segundos
para o fim, quando Oscar recebeu falta e empatou o duelo. O
Sírio venceu na prorrogação.
Anos depois, foi dirigir o Caserta, na Itália, e avalizou a contratação dos antigos algozes.
"Ele me fez virar outro jogador. É um apaixonado, que briga, cobra, mas também é um
paizão. Se fosse comparar com
alguém, diria que é o Felipão
das quadras", lembra Oscar.
"Achava que conhecia basquete até ir treinar no time do
Boscia. Sou uma colcha de retalhos dos meus antigos treinadores. Mas ele foi um dos que
mais me influenciaram na carreira de técnico", conta Marcel.
Os maiores astros do time
nacional que foi medalhista pela última vez em um Mundial
-bronze nas Filipinas em
1978- temem pela sorte do
Brasil no confronto de hoje.
"Os jogadores morrem na
quadra pelo Boscia. Ele sabe tirar o máximo", analisa Marcel.
"O Brasil precisa tomar cuidado. Os times dele são muito
perigosos", comenta Oscar.
NA TV - Mundial de basquete
Hoje: Sportv, França x Nigéria, ao vivo, às 7h; Amanhã: China x Porto Rico,
Sportv, à 1h30; Grécia x Austrália,
Sportv e ESPN Brasil, às 4h30
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