São Paulo, segunda-feira, 21 de novembro de 2005

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PINGUE-PONGUE

Freitas admite falha e diz que só resta rezar

DA REPORTAGEM LOCAL

No último jogo de sua carreira como árbitro da Fifa, o árbitro Márcio Rezende de Freitas, 45, afirmou que estava preparado para fazer uma atuação perfeita. Após o jogo, visivelmente abatido por não ter marcado pênalti de Fábio Costa em Tinga, disse que não errar "é impossível". "Agora só me resta pedir ajuda de Deus e rezar", afirmou. (EAR, MDA E RM)
 

Pergunta - Você achou que foi pênalti do Fábio Costa no Tinga?
Márcio Rezende de Freitas -
Eu estava bem colocado no lance. O Tinga deu um corte, não iria alcançar a bola e se chocou com o Fábio Costa. Não tive dúvida na hora e, como ele já havia sido advertido com o cartão amarelo, eu tive que expulsá-lo.

Pergunta - Mas a televisão mostrou que você errou no lance, que foi pênalti.
Márcio Rezende -
Se foi pênalti, errei. Tenho que assumir. Não era dessa maneira que gostaria de encerrar a minha carreira.

Pergunta - Mas esse resultado pode ter mudado o destino do campeonato...
Márcio Rezende -
Não tenho replay, estava convicto na hora. Se vocês estão dizendo que foi pênalti, tenho que acreditar e pedir desculpas. Tanto é que os jogadores do Internacional não reclamaram. Eles vieram para cima de mim pedir para que eu não expulsasse o Tinga.

Pergunta - Não é a primeira vez que você cometeu erro grave. Em 1995 anulou um gol legítimo do Santos na final contra o Botafogo, que acabou campeão brasileiro. Você acha que tirou a chance de título do Internacional?
Márcio Rezende -
Eu vim preparado para fazer um jogo perfeito para encerrar minha carreira de mais de mil jogos. Mas se errei, errei. Não errar é impossível. Não posso acertar tudo. Errar de dez em dez anos pode ser considerado pouco. Tenho mais de 1.100 jogos e tive poucos equívocos. É complicado. Esperava acabar minha carreira de forma tranqüila. Agora só me resta pedir a ajuda de Deus e rezar.


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