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PINGUE-PONGUE
Freitas admite falha e diz que só resta rezar
DA REPORTAGEM LOCAL
No último jogo de sua carreira como árbitro da Fifa, o
árbitro Márcio Rezende de
Freitas, 45, afirmou que estava preparado para fazer uma
atuação perfeita. Após o jogo, visivelmente abatido por
não ter marcado pênalti de
Fábio Costa em Tinga, disse
que não errar "é impossível". "Agora só me resta pedir ajuda de Deus e rezar",
afirmou.
(EAR, MDA E RM)
Pergunta - Você achou que
foi pênalti do Fábio Costa no
Tinga?
Márcio Rezende de Freitas -
Eu estava bem colocado no
lance. O Tinga deu um corte,
não iria alcançar a bola e se
chocou com o Fábio Costa.
Não tive dúvida na hora e,
como ele já havia sido advertido com o cartão amarelo,
eu tive que expulsá-lo.
Pergunta - Mas a televisão
mostrou que você errou no
lance, que foi pênalti.
Márcio Rezende -Se foi pênalti, errei. Tenho que assumir. Não era dessa maneira
que gostaria de encerrar a
minha carreira.
Pergunta - Mas esse resultado pode ter mudado o destino
do campeonato...
Márcio Rezende -Não tenho
replay, estava convicto na
hora. Se vocês estão dizendo
que foi pênalti, tenho que
acreditar e pedir desculpas.
Tanto é que os jogadores do
Internacional não reclamaram. Eles vieram para cima
de mim pedir para que eu
não expulsasse o Tinga.
Pergunta - Não é a primeira
vez que você cometeu erro
grave. Em 1995 anulou um
gol legítimo do Santos na final contra o Botafogo, que
acabou campeão brasileiro.
Você acha que tirou a chance
de título do Internacional?
Márcio Rezende - Eu vim
preparado para fazer um jogo perfeito para encerrar minha carreira de mais de mil
jogos. Mas se errei, errei.
Não errar é impossível. Não
posso acertar tudo. Errar de
dez em dez anos pode ser
considerado pouco. Tenho
mais de 1.100 jogos e tive
poucos equívocos. É complicado. Esperava acabar minha carreira de forma tranqüila. Agora só me resta pedir a ajuda de Deus e rezar.
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