da Sucursal do Rio

Depois de criticar a atuação de Oscar Roberto Godói, em Belo Horizonte, e de Márcio Rezende de Freitas, em São Paulo, Armando Marques, presidente da Comissão de Arbitragem, anunciou o gaúcho Carlos Eugênio Simon para apitar a decisão de amanhã.
A escolha da comissão, que é subordinada à Confederação Brasileira de Futebol, irritou o carioca Cláudio Vinícius Cerdeira.
""Estou decepcionado", disse o juiz, que está encerrando a carreira e esperava ser indicado para a final. ""Com certeza alguma coisa aconteceu", lamentou.
Para Cerdeira, é possível que o Corinthians tenha vetado seu nome. ""No ano passado, apitei pelo menos dois jogos do Corinthians. Neste ano, nenhum. É estranho."
Como Cerdeira teve sérios problemas com Wanderley Luxemburgo, técnico do clube paulista em 1998, o Corinthians reconhece que, no ano passado, fazia restrições ao trabalho do árbitro do Rio. Agora, no entanto, nega veementemente, por meio de sua assessoria de imprensa, que tenha vetado Cerdeira ou sugerido a Marques o nome de Simon.
O árbitro gaúcho já apitara, em dezembro de 1998, a final do Brasileiro daquele ano, entre Corinthians e Cruzeiro.
O time paulista sagrou-se campeão depois de dois empates -2 a 2 no Mineirão e 1 a 1 no Morumbi- e uma vitória -2 a 0, no último jogo, novamente realizado em São Paulo.
Nas duas primeiras partidas da decisão deste ano, as arbitragens causaram polêmica.
No Mineirão, o paulista Oscar Roberto Godói revoltou os corintianos, que reclamaram de pênalti não marcado no atacante Edílson.
No Morumbi, foi a vez de o mineiro Márcio Rezende de Freitas irritar o Atlético-MG, que não assinalou pênalti após o lateral corintiano Índio ter tocado com a mão na bola dentro da área.
No final do jogo, o volante Gallo, capitão do time visitante, reclamou do juiz, insinuando que ele torce pelo Cruzeiro, o principal rival do Atlético.
O jogador reclamou muito também pelo fato de o juiz não ter expulsado o zagueiro João Carlos, após entrada no meia Robert.