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BASQUETE
Sucesso alcançado pelo time feminino nas quadras contrasta com a decadência que o clube vive no futebol
Fluminense "de aluguel' lidera o Brasileiro
da Sucursal do Rio
Apesar da decadência vivida pelo Fluminense no futebol, o time
"de aluguel" do clube é o destaque
da primeira fase do Campeonato
Nacional de basquete feminino.
Com estrutura profissional "importada" da Data Control, que
manteve dois times disputando o
último Paulista, a equipe é uma
das favoritas ao título.
O Fluminense é líder da competição, com 11 vitórias. Perdeu apenas uma. A última vitória foi sobre
a Microcamp/Campinas, por 99 a
82, no Rio, na sexta-feira.
Até agora, nenhum time carioca
feminino conseguiu conquistar
um campeonato brasileiro.
Contrastando com o futebol do
clube, rebaixado duas vezes consecutivas na primeira divisão do
Brasileiro, o basquete, comandado pela dirigente ex-jogadora
Hortência, é um sucesso.
"Não tem muito segredo. O Fluminense é um time que já veio
pronto", disse Silvia Luz, 23, uma
das estrelas do time, referindo-se à
transferência da equipe para o Rio.
Oito jogadoras do grupo são
paulistas, e quatro, cariocas.
Além de Silvia, a sua irmã, Cintia, e a veterana pivô Marta são os
destaques da equipe.
A criação do forte time do Fluminense faz parte da estratégia da
CBB (Confederação Brasileira de
Basquete) de descentralizar o basquete feminino de São Paulo.
"Para quem trabalha com o basquete e sempre tentou descentralizar o esporte, começar o trabalho
com uma excelente campanha nos
anima ainda mais", disse o técnico
Antônio Carlos Vendramini.
O Vila Nova, de Goiás, também
está disputando a competição com
a estrutura toda importada do Data Control de São Paulo.
Para jogar o campeonato pelo time carioca, a empresa apostou pesado, mas se recusa a revelar cifras. Ela paga salários e aluguéis
das residências das jogadoras.
O Fluminense cede o ginásio, o
material esportivo para treinamento e os funcionários para auxiliar a comissão técnica (roupeiros, motoristas e fisioterapeuta).
O fato de estar atuando em um
clube decadente não atrapalha as
jogadoras. "Pelo contrário. Como
elas estão acostumadas a trabalhar
em times de empresas, algumas
até se emocionam quando os torcedores cantam o hino do clube na
arquibancada", disse Vendramini.
Apesar da campanha, a passagem do grupo pelo Rio tem prazo
para terminar. Em abril, com o encerramento do torneio, o time será
desfeito e voltará para São Paulo.
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