São Paulo, quinta-feira, 22 de abril de 2004

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FUTEBOL

Time de Leão, que manteve a base, começa Brasileiro-04 com derrota para o Paraná, que estreou nove jogadores

Santos sucumbe diante de rival renovado

MARCUS VINICIUS MARINHO
DA REPORTAGEM LOCAL

Um time novo e desconhecido contra outro já entrosado e com atletas de sucesso. Pode parecer difícil, mas o vencedor foi o primeiro, o Paraná, que bateu o Santos ontem por 3 a 2, em Curitiba.
Embora a equipe paranaense tenha estreado nada menos que nove jogadores na partida de ontem, a ambientação não pareceu ser problema. E justamente contra uma base de pelo menos sete atletas que atuam juntos desde 2002.
Na partida de ontem, quem fez a diferença foram mesmo os estreantes. Do lado do Paraná, Galvão, Carlinhos e Chokito, que marcaram um gol cada. Do lado do Santos, o centroavante Leandro Machado. Embora tenha sido contratado para ser a esperança de gols após o fracasso de Robson, o recém-chegado nada fez, como seu antecessor. E também foi substituído na segunda etapa.
Parecia até que o Paraná era o time entrosado quando, logo aos 12 segundos de jogo, após rápida troca de bolas, Galvão foi lançado no meio da zaga santista e bateu na saída de Júlio Sérgio, o gol mais rápido dos 20 marcados na rodada de ontem do Brasileiro.
"Isso é bom para estrear num Brasileiro com mais de 40 jogos pela frente", disse o atacante paranista, que só perdeu por quatro segundos não bateu o recorde de Nivaldo, que marcou em 1989 pelo Náutico com oito segundos.
O gol relâmpago do Paraná foi como um balde de água fria no Santos: se, no começo, desanimou, depois serviu para acordar os comandados de Leão, que começaram a ameaçar o goleiro Flávio. Aos 12min, Leandro Machado pegou rebote de falta batida por Alex e acertou na trave o único chute que deu a gol. Dois minutos depois, Alex bateu nova falta com perigo, por cima da meta.
A pressão acabou se transformando em gol. Aos 25min, Elano fez belo lançamento para Léo, que driblou Flávio e tocou: 1 a 1.
Depois do gol, no entanto, o Santos deu espaço para o Paraná de novo, que passou a dominar o meio-campo. Logo, a equipe paranaense voltou a marcar. Após cruzamento de escanteio, Carlinhos desviou de cabeça e colocou os paranaenses na frente, vantagem que durou até o intervalo.
No segundo tempo, o Santos voltou sem alterações na equipe e na forma de jogar. Enquanto o time paulista tocava a bola, o Paraná apostava nos contragolpes. E, como os dois clubes praticamente só paravam jogadas com faltas, o juiz Giulliano Bozzano teve trabalho: deu seis amarelos para o time do Paraná, mais dois para os paulistas e expulsou André Luís, após falta em Fernando.
A tática do Paraná deu mais certo, e o time ampliou. Cláudio avançou pela direita e cruzou para Chokito -que acabara de substituir Galvão- marcar.
O Santos ainda chegou a reagir e a anotar o segundo, com Robinho. Mas, com dez, não teve forças para empatar. Na estréia dos dois times, melhor para os estreantes do Paraná que para os "experientes" santistas. Situação preocupante, já que um desmanche se anuncia no time do litoral: Alex, Alcides, Paulo Almeida, André Luís, Renato e Diego podem sair com o Nacional em curso.
O Santos volta a campo domingo, contra o Botafogo, na Vila Belmiro. Já o Paraná visita o Vitória.


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