São Paulo, domingo, 22 de maio de 2005

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FUTEBOL

Os 20 anos de Maldini

RODRIGO BUENO
DA REPORTAGEM LOCAL

A final da Copa dos Campeões tem cara bem familiar.
Milan 4 x 0 Steaua Bucareste, Barcelona, 24/05/1989: G.Galli; Tassotti, Costacurta (F. Galli), Baresi e Maldini; Colombo, Rijkaard, Ancelotti e Donadoni; Gullit (Virdis) e Van Basten.
Milan 1 x 0 Benfica, Viena, 23/ 05/90: Galli; Tassotti, Costacurta, Baresi e Maldini; Colombo (Galli), Rijkaard, Ancelotti (Massaro) e Evani; Gullit e Van Basten.
Milan 0 x 1 Olympique de Marselha, Munique, 26/05/1993: Rossi; Tassotti, Costacurta, Baresi e Maldini; Albertini, Rijkaard, Donadoni (Papin) e Massaro; Lentini e Van Basten (Eranio).
Milan 4 x 0 Barcelona, Atenas, 18/05/1994: Rossi; Tassotti, Galli, Maldini (Nova) e Panucci; Albertini, Desailly, Donadoni e Savicevic; Boban e Massaro.
Milan 0 x 1 Ajax, Viena, 24/05/ 1995: Rossi; Panucci, Costacurta, Baresi e Maldini; Albertini, Desailly, Donadoni e Boban (Lentini); Simone e Massaro (Eranio).
Milan 0 x 0 Juventus, Manchester, 29/05/2003: Dida; Costacurta (Roque Júnior), Nesta, Maldini e Kaladze; Gattuso, Pirlo (Serginho), Seedorf e Rui Costa (Ambrosini); Shevchenko e Inzaghi.
No dia 20 de janeiro de 1985, Paolo Maldini estreou no Milan contra a Udinese com seus 16 anos. Sete meses e três semanas antes disso, o Liverpool ganhava seu quarto e último título da Copa dos Campeões (a fila dos Reds completa exatos 21 anos no dia 30, se o favorito Milan triunfar mesmo na final de quarta-feira).
Para ter uma idéia ainda maior da longevidade do lendário lateral-esquerdo e zagueiro italiano, Sir Alex Ferguson começou a treinar o Manchester United um ano, nove meses, duas semanas e quatro dias depois da estréia de Maldini com a vitoriosa camisa rubro-negra, a única (de clube) que vestiu nessas 21 temporadas.
Incrível lembrar que Maldini, cujo pai, Cesare, estava em outra final da Copa dos Campeões com o Milan (2 x 1 Benfica, Londres, 22/05/1963), tinha em seu coração a Juventus quando moleque.
Ele alcançou a marca de 750 partidas pelo clube de Silvio Berlusconi e é o jogador que de fato perpetuou a era vencedora do magnata italiano na gerência (direta ou indireta) da equipe que pode se tornar nas próximas horas heptacampeã européia -Maldini tenta o penta pessoal. Foram 1.036 minutos de atuação na atual Copa dos Campeões. Como lateral ou como zagueiro, não ficou fora de nenhum jogo. Fez só 12 faltas (média de uma por partida), menos que Gattuso, Cafu, Kaká, Nesta, Ambrosini, Pirlo...
Capitão de uma defesa mais que experiente e reconhecida por muitos como a melhor do mundo, ele pode erguer de novo a taça interclubes mais badalada do planeta, como fez dois anos atrás.
Recordista de participações pela tão tradicional seleção italiana -126 jogos-, talvez (e tomara) não resista aos apelos, dentro e fora de seu país, para voltar e jogar a sua quinta Copa do Mundo.
Um cara do bem, família (também, com Adriana Fossa...), que curte rap, Nova York, ser DJ e que lamenta mais do que tudo não poder ter visto um show dos Beatles ao vivo. Verá o Liverpool.

Os 6 gols de Shevchenko
Se o ucraniano fizer dois na final, será artilheiro, com Van Nistelrooy.
As 4 assistências de Kaká
Se um passe do brasileiro resultar em gol contra o Liverpool, ele se igualará a Duff (Chelsea), Figo (Real Madrid) e Govou e Wiltord (Lyon) como o mais assistente da Copa dos Campeões 2004/2005.
As 3 assistências de Cafu
Se dois passes/cruzamentos do brasileiro resultarem em gol, idem.
Os 14 chutes fora de Kaká
Se ele der uma finalização errada na decisão, igualará Raúl (Real Madrid) e Ronaldinho como os que mais chutaram para fora na liga.

E-mail rbueno@folhasp.com.br

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