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Maradona passa o dia em silêncio
DO ""NOTÍCIAS POPULARES" E
DA REPORTAGEM LOCAL
O ex-jogador argentino Diego
Armando Maradona, que veio a
São Paulo para comentar, para
uma rede de televisão, a final da
Taça Libertadores da América,
entre Palmeiras e o Boca Juniors,
passou mais um dia sem dar declarações à imprensa.
Maradona chegou a São Paulo
anteontem, por volta das 21h30,
no aeroporto de Cumbica, em
Guarulhos, e, sempre cercado por
um grupo de seguranças, tem-se
mantido em silêncio desde então.
O mesmo já acontecera na Cidade do México -onde foi comentar a partida entre o América local
e o Boca Juniors-, quando evitou o assédio de fãs e jornalistas
usando o mesmo artifício.
Jornalistas argentinos comentam que essa seria uma estratégia
da rede de televisão PSN, que o
contratou como comentarista para os três últimos jogos do Boca
na Libertadores, para impedir outras órgãos de imprensa de falar
com o ex-jogador.
A PSN teria pago a Maradona
cerca de US$ 100 mil.
No México, apenas o jornal "La
Reforma" obteve uma entrevista
com Maradona. Na ocasião, repórteres da rede mexicana de televisão Televisa, concorrente da
PSN, foram impedidos por seguranças de se aproximar do ex-jogador argentino.
Ontem, Maradona aproveitou o
dia para passear e fazer compras.
Pouco depois do meio-dia, o ex-atleta saiu com a filha Balma, 15,
pela rua Augusta, nos Jardins (zona sul), onde se concentra o comércio nobre de São Paulo, com
lojas caras e refinadas.
Ele comprou dois relógios da
marca suíça Rolex, conhecida pela sofisticação e pelos altos preços
dos seus produtos, que variam de
R$ 2.000 a R$ 30 mil. Um dos relógios foi dado como presente para
a filha Balma.
Em seguida, o ex-jogador argentino foi almoçar num restaurante, sempre cercado pelo seu
grupo de seguranças.
Por volta das 16h, Maradona retornou ao hotel Renaissance, onde está hospedado.
Ele desceu do carro abraçado
com a filha e, apesar de bastante
sorridente, mais uma vez se recusou a falar com a imprensa, presente no local.
O ex-jogador argentino estava
em Cuba desde janeiro, submetendo-se a um tratamento contra
dependência química.
Maradona foi para Cuba depois
de sofrer uma crise cardíaca e de
hipertensão quando passava uma
temporada no balneário uruguaio
de Punta del Este.
O motivo apontado por médicos para o problema foi o consumo excessivo de cocaína. O ex-atleta permaneceu internado no
Centro de Saúde de Pradera, em
Cuba, e os médicos responsáveis
disseram que o tratamento não
poderá durar menos de um ano.
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