São Paulo, quinta-feira, 22 de junho de 2000


Envie esta notícia por e-mail para
assinantes do UOL ou da Folha
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Maradona passa o dia em silêncio

DO ""NOTÍCIAS POPULARES" E

DA REPORTAGEM LOCAL

O ex-jogador argentino Diego Armando Maradona, que veio a São Paulo para comentar, para uma rede de televisão, a final da Taça Libertadores da América, entre Palmeiras e o Boca Juniors, passou mais um dia sem dar declarações à imprensa.
Maradona chegou a São Paulo anteontem, por volta das 21h30, no aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, e, sempre cercado por um grupo de seguranças, tem-se mantido em silêncio desde então.
O mesmo já acontecera na Cidade do México -onde foi comentar a partida entre o América local e o Boca Juniors-, quando evitou o assédio de fãs e jornalistas usando o mesmo artifício.
Jornalistas argentinos comentam que essa seria uma estratégia da rede de televisão PSN, que o contratou como comentarista para os três últimos jogos do Boca na Libertadores, para impedir outras órgãos de imprensa de falar com o ex-jogador.
A PSN teria pago a Maradona cerca de US$ 100 mil.
No México, apenas o jornal "La Reforma" obteve uma entrevista com Maradona. Na ocasião, repórteres da rede mexicana de televisão Televisa, concorrente da PSN, foram impedidos por seguranças de se aproximar do ex-jogador argentino.
Ontem, Maradona aproveitou o dia para passear e fazer compras. Pouco depois do meio-dia, o ex-atleta saiu com a filha Balma, 15, pela rua Augusta, nos Jardins (zona sul), onde se concentra o comércio nobre de São Paulo, com lojas caras e refinadas.
Ele comprou dois relógios da marca suíça Rolex, conhecida pela sofisticação e pelos altos preços dos seus produtos, que variam de R$ 2.000 a R$ 30 mil. Um dos relógios foi dado como presente para a filha Balma.
Em seguida, o ex-jogador argentino foi almoçar num restaurante, sempre cercado pelo seu grupo de seguranças.
Por volta das 16h, Maradona retornou ao hotel Renaissance, onde está hospedado.
Ele desceu do carro abraçado com a filha e, apesar de bastante sorridente, mais uma vez se recusou a falar com a imprensa, presente no local.
O ex-jogador argentino estava em Cuba desde janeiro, submetendo-se a um tratamento contra dependência química.
Maradona foi para Cuba depois de sofrer uma crise cardíaca e de hipertensão quando passava uma temporada no balneário uruguaio de Punta del Este.
O motivo apontado por médicos para o problema foi o consumo excessivo de cocaína. O ex-atleta permaneceu internado no Centro de Saúde de Pradera, em Cuba, e os médicos responsáveis disseram que o tratamento não poderá durar menos de um ano.


Texto Anterior: Vampeta pode ser única renda
Próximo Texto: Futebol: Guilherme é convocado para pegar o Uruguai
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.