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São Paulo, domingo, 22 de junho de 2003

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Mordomia acompanha o mau futebol

DO ENVIADO A LYON

Com o prestígio em alta após o pentacampeonato, a seleção, que ainda não convenceu neste ano, corre o mundo em 2003 gastando uma pequena fortuna e mobilizando um pequeno exército de funcionários para propiciar o máximo de conforto à delegação.
Sem contar as escalas, o Brasil já esteve em cinco países (China, Portugal, México, Nigéria e França) de quatro continentes (Ásia, América, Europa e África) até este mês. Em todos eles, nada de economia e trabalho para os membros de delegações que quase sempre superam 30 integrantes.
A mordomia começa já no embarque. Nas viagens mais longas, a seleção viaja de classe executiva ou, quando há disponibilidade, de primeira classe. A CBF sempre utiliza os serviços da Varig, que manda um funcionário fazer os check-in dos jogadores nos aeroportos no exterior.
Quando não é possível utilizar vôos regulares, a CBF precisa fretar um avião. Na recente viagem para a Nigéria, a entidade fez isso para levar o time de Paris a Abuja.
No hotel, os jogadores não precisam se preocupar com formulários ou esperar pelas chaves. Sempre escoltados por forte esquema de segurança, pegam o elevador e vão direto para seus quartos.

Privacidade
Na Copa das Confederações, a seleção trocou a balbúrdia de gigantescos e luxuosos hotéis por privacidade. Antes de desembarcar na Europa, o time, em 2003, só havia ficado em locais abertos para qualquer interessado em gastar muito dinheiro por um quarto.
Na China, em fevereiro, por exemplo, ficou em um exagerado, no tamanho e na decoração, hotel que tinha até animais como elefantes e tigres como atrações.
Mas tudo mudou na França.
Na primeira semana, o time ficou em um estabelecimento com menos de 60 apartamentos nos arredores de Paris, com uma fachada simples. E em Saint-Étienne, onde joga amanhã, a seleção tem sua concentração menos luxuosa na temporada -o centro de treinamento de um clube local.
"A privacidade acaba sendo boa para o trabalho. Há mais contato com o jogador", diz o técnico Carlos Alberto Parreira sobre a hospedagem do time na França. (PC)

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