São Paulo, terça-feira, 22 de agosto de 2006

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Brasil joga primeira decisão no Mundial

Equipe enfrenta a embalada Turquia, invicta no Japão, e precisa da vitória

Se vencer, basquete do país praticamente avança às oitavas, mas, se perder, ficará perto de amargar uma eliminação precoce


ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL

A seleção masculina disputa hoje, às 7h30, contra a Turquia, sua primeira decisão no Mundial de basquete do Japão. Uma vitória praticamente garante a equipe nas oitavas-de-final. Um revés deixará o time próximo da eliminação precoce.
Bicampeão mundial (1959 e 1963), o Brasil não sobe ao pódio no evento desde que levou o bronze nas Filipinas, em 1978.
Nos últimos anos, vem colecionando uma série de fiascos. A seleção esteve ausente das duas últimas Olimpíadas. No Mundial de Indianápolis-02, ficou com a oitava colocação.
"Temos que mostrar a mesma intensidade defensiva e o ataque organizado que apresentamos contra o Qatar", analisa o técnico Lula, referindo-se ao adversário mais frágil da chave, batido pelo time nacional anteontem por 97 a 66.
A Turquia não poderia ser um adversário pior. O Brasil costuma ter dificuldade para encaixar seu jogo contra seleções européias, que apostam em defesa forte e trabalham bastante a bola no ataque.
"Não gostamos do jogo defensivo. Mas sabemos que, para avançar, temos que defender bem", reconhece Leandrinho, principal jogador da seleção, que atua no Phoenix, da NBA.
A Turquia vem embalada por duas vitórias, sobre Lituânia e Austrália e, se derrotar o Brasil hoje, garante antecipadamente um lugar na próxima fase.
"Essas vitórias iniciais nos dão confiança para as próximas partidas. O time tem encontrado dificuldade, mas está respondendo muito bem", afirma Bogdan Tanjevic, técnico da seleção turca, com larga experiência internacional -levou a Itália ao título do Europeu-99.
A Turquia se reergueu após o fiasco no Europeu de 2005. Considerada uma das forças da competição, o país terminou em nono lugar e só chegou ao Mundial graças a um providencial convite da Federação Internacional de Basquete.
Em Hamamatsu, a Turquia vem demonstrando que aprendeu com seus erros. Tanjevic, conhecido por agregar elencos, não concedeu privilégios a ninguém. Ele barrou do elenco astros da NBA como Turkoglu (Orlando) e Okur (Utah).
"Eles têm um grupo parecido com o nosso: jovem e talentoso", analisa o ala Guilherme.


NA TV - Turquia x Brasil ESPN Brasil e Sportv, ao vivo, a partir das 7h30


Texto Anterior: Soninha: Uma ciência exata?
Próximo Texto: Contra maré, Angola se classifica
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.