São Paulo, terça, 22 de setembro de 1998

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Atleta esteve sob suspeita

das agências internacionais

Apesar de nunca ter sido surpreendida no exame antidoping, Florence Griffith Joyner despertou a suspeita de ter utilizado substâncias proibidas para aumentar seu desempenho.
O corredor brasileiro Joaquim Cruz, campeão olímpico em Los Angeles-84 e medalha de prata em Seul-88, levantou suspeitas do uso de doping por vários atletas, inclusive a norte-americana, durante os Jogos da Coréia do Sul.
"Prefiro não fazer nenhum comentário. Não podemos associar a morte dela ao doping", disse Cruz, ontem. "Conheço atletas que nunca se doparam e morreram correndo."
A velocista decidiu abandonar o atletismo no momento em que as técnicas dos exames antidoping estavam se sofisticando e poucos depois do escândalo do velocista Ben Jonhson (Canadá), banido do esporte por uso de doping.
"Passei por uma infinidade de controles antidoping e também em Seul. Nunca foi detectado nada", defendeu-se a atleta, em 88.
O médico brasileiro Eduardo de Rose, membro do Comitê Olímpico Internacional, disse que o uso de anabolizantes (substância para aumento da massa muscular) pode causar problemas coronários.
"Mas não podemos relacionar uma coisa com outra. Nunca foi provado o uso de drogas por parte de Florence", afirmou.
O médico da Federação Espanhola de Atletismo, Juan Manuel Alonso, disse que entre os médicos havia a "intuição" de que Florence se dopava.
"No Mundial de 87, ela era mulher belíssima. Na Olimpíada de Seul, parecia uma fisiculturista."



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