|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Lei foi aprovada sem discussão na Câmara de SP
DA REPORTAGEM LOCAL
A lei 11.786, que torna obrigatória a numeração de toda a lotação de ginásios esportivos e
estádios de futebol -dentre
outros estabelecimentos-,
não foi objeto de discussão dos
vereadores de São Paulo.
A Folha apurou que um
acordo das lideranças dos diversos partidos estabeleceu que
seriam escolhidos alguns projetos de lei dos vereadores reeleitos para serem aprovados
sem discussão.
"Acho que, por ser uma lei
velha (de 1995) e não ter passado por plenário, o vereador Gilberto Natalini (PSDB-SP) não
tem conhecimento dela", disse
José Cássio, assessor de imprensa de Natalini, líder de seu
partido na Câmara Municipal.
O autor do projeto, José Mentor (PT-SP), redigiu-o ainda
durante a gestão do ex-prefeito
Paulo Maluf (1993 a 1996).
"Passamos muitos anos, de
1995 para cá, só envolvidos em
CPIs e no processo de impeachment do ex-prefeito Celso Pitta. Ficamos sem aprovar
nada todo esse tempo e, agora,
algumas medidas que foram
propostas antes ficaram velhas", disse o vereador Ricardo
Montoro (PSDB-SP).
Segundo Montoro, a lei que
obriga a numeração das arquibancadas de ginásios e estádios
esportivos é um exemplo disso.
Para o vereador, até a questão
"tecnológica" foi esquecida.
"Hoje os ingressos são engolidos pelas catracas nas entradas dos estádios. Com a lei, o
torcedor terá que ficar com um
comprovante do lugar que
comprou. Mas será que 120
dias serão suficientes para isso?", afirmou Montoro, que deve propor, hoje, a Mentor uma
revisão na lei.
"A lei é boa, mas temos que
chamar gente do esporte para
discutir o assunto. Além de ter
de ser modernizada, do jeito
que está, a lei onera os clubes
pequenos, que tem um papel
social, e não comercial, em seus
bairros", afirmou.
(MR)
Texto Anterior: Administração: Prefeitura impõe ingresso e numeradas até na várzea Próximo Texto: Fiscalização "confunde" secretário e vereador Índice
|