EDUARDO OHATA
DA REPORTAGEM LOCAL

Nem o próprio Popó sabe mais quem irá enfrentar em sua próxima defesa de cinturões.
A data da luta permanece inalterada, ou seja, 9 de agosto.
O local deve ser o American Airlines Arena, em Miami (EUA).
Mas o campeão superpena pela AMB e pela OMB não tem certeza de quem será o seu desafiante.
Pode ser o rival original, o argentino Jorge "La Hiena" Barrios.
Pode ser outro argentino, Julio Pablo "Relampago" Chacón.
Há ainda um terceiro adversário sendo considerado, o mexicano Jesus "El Matador" Chávez.
Tudo por conta do cubano Joel "Cepillo" Casamayor, a quem o brasileiro venceu na unificação.
Casamayor perdeu na última semana uma decisão na Justiça dos EUA para ser o próximo adversário do pugilista brasileiro.
O argumento era que Popó não poderia enfrentar Barrios em sua próxima luta pois Casamayor já é o primeiro do ranking há mais de nove meses, prazo limite para que enfrentasse o desafiante oficial.
Mas, mesmo com a derrota nos tribunais, ele arrumou um modo de atrapalhar a vida de Popó.
É que Casamayor lembrou o fato de que a OMB ordenou em 2002, conforme registamos àquela época, uma eliminatória entre "Cepillo" e "La Hiena" para determinar o desafiante oficial.
Segundo o presidente da OMB, Francisco "Paco" Valcarcel, à época Casamayor ignorou tal determinação. Mas agora voltou atrás, o que impediria que Barrios enfrentasse Popó em agosto.
Valcarcel informou esta coluna, nesta semana, que ainda está à espera de uma confirmação por escrito da equipe de Casamayor.
Assim, o time do brasileiro trabalha com duas possibilidades:
Se "Cepillo" seguir impassível, outro desafiante terá de ser selecionado para Popó para agosto.
Outro cenário que a equipe de Popó trabalha é acertar um acordo com Casamayor. Assim, o brasileiro enfrentaria Barrios em 9 de agosto e, posteriormente, em novembro ou dezembro, Casamayor em revanche. Mas a proposta parece não ter agradado à equipe do boxeador cubano.
Este, aliás, também estaria considerando uma luta com o campeão dos penas da AMB, o americano Derrick Gainer, em combate acima do limite desta categoria.
Diante dessa situação, a pergunta que fica é, se o cubano teve a oportunidade da eliminatória antes e a rejeitou, por que a OMB não o manda passear agora?
Em um outro tópico relacionado a Popó, sua última defesa de cinturões, contra o mexicano Juan Carlos "Ranchero" Ramirez, foi criticada pela tradicional revista especializada "The Ring".
Na seção "Ringside", a publicação afirma que "para voltar a nocautear, Popó selecionou como adversário um supergalo/pena (categorias abaixo à de Popó)".
Na seção "Lutas do Mês na TV", o comentário foi bastante ácido: "Como é que Freitas conseguiu ser um campeão unificado?".
Bom, discordo em parte com os comentários publicados. Como espectador, prefiro o Popó brigador do que sua versão técnica.
O que é mais divertido? Vê-lo desferindo "bombas" ou ensaiando um jogo de pernas bonito?

Brasileiro 1
O pesado Fábio Maldonado estreou nos EUA com um nocaute no primeiro assalto sobre (o até então invicto) Tim Grant, no sábado.

Brasileiro 2
O campeão do K-1 Brasil, Márfio (não, não é erro de grafia) Canoletti Jr., participa do Grand Prix do K-1, em 5 de julho, em Tóquio (JAP).

Quase brasileiro
O cubano que tenta se naturalizar brasileiro "Toyo" Perez pega o veterano Garing Lane, em seis assaltos, em 6 de junho, nos EUA, segundo seu manager, Ariel Ramos. O cartel do americano é um "quem é quem" dos pesados. Ele já perdeu para, entre (muitos) outros, Larri Holmes, Riddick Bowe, Trevor Berbick, Ray Mercer e David Tua.

E-mail eohata@folhasp.com.br


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