São Paulo, domingo, 23 de maio de 2004

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FUTEBOL

Time busca dar volta por cima contra o Santos, que pode poupar titulares

Palmeiras vê em clássico chance de estancar crise

PAULO GALDIERI
DA REPORTAGEM LOCAL

FAUSTO SIQUEIRA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SANTOS

Pela segunda vez nesta temporada, o Palmeiras terá que se recuperar do baque de uma eliminação precoce e estancar uma crise. Pela segunda vez nesta temporada, o Palmeiras quer usar um clássico para chegar a seu objetivo.
Contra o Santos, hoje, às 16h, na Vila Belmiro, o time pretende conseguir o mesmo êxito que teve em seu último encontro com um time grande do Estado.
Quando enfrentou o Corinthians, no dia 2 de maio, a equipe palmeirense tentava se livrar de uma crise que, por vários acontecimentos sucessivos, já se prolongava havia quase um mês.
A goleada de 4 a 0 sobre o arqui-rival ajudou o time a esquecer a queda no Estadual diante de um azarão, o Paulista de Jundiaí, o episódios das "baladas" de alguns de seus jogadores, o racha no elenco, as reclamações públicas do meia Elson ao então técnico Jair Picerni, a briga entre Marcos e Muñoz durante um treinamento recreativo -que terminou com um soco do colombiano no goleiro- e, por fim, as más atuações no início do Brasileiro.
A missão do Palmeiras no clássico de hoje será abreviar o sofrimento pela queda inesperada na Copa do Brasil, quinta-feira, o que causou a demissão de Jair Picerni -o treinador do time B, Wilson Coimbra, dirige interinamente a equipe hoje-, e preparar o time para receber o novo comandante já com um clima mais ameno.
"O jogo com o Santos é muito importante. Pelo momento que vivemos, é como se fosse um jogo da vida", diz Magrão. "É difícil esquecer as eliminações. Eu me lembro de todas que sofri na carreira", completa o volante, que volta ao time após ficar de fora do confronto com o Santo André por estar suspenso.
Pelo menos em tese, a volta por cima do Palmeiras poderá ser menos espinhosa caso o Santos escale uma equipe mista, como cogitou Vanderlei Luxemburgo.
O treinador sinalizou com a possibilidade de poupar titulares em vista da partida decisiva da próxima quinta-feira contra o Once Caldas, na Colômbia. O jogo define uma das vagas para as semifinais da Libertadores, e o Santos necessita da vitória.
A principal preocupação de Luxemburgo é com o desgaste da viagem para Manizales, localizada a 2.150 de altitude, onde o jogo será disputado. A delegação santista embarca amanhã.
Como estímulo à ideia de um time misto existe também o fato de que o Brasileiro -no qual o Santos ocupa a 17ª colocação- ainda está no princípio e é uma competição em que são maiores as chances de recuperação.
"Se tiver de tirar [algum jogador] e correr algum risco, essa é uma decisão para ser tomada no Brasileiro, que ainda tem muitos jogos, e não na Libertadores", declarou Luxemburgo.
Entre os titulares, o único desfalque certo dos santistas no clássico é o lateral-direito Paulo César, suspenso. Caso decida não poupar jogadores, o treinador tem duas opções para preencher a lacuna. Uma é escalar o reserva imediato da posição, Marco Aurélio, que entrou no segundo tempo do primeiro jogo contra o Once Caldas, na Vila Belmiro, um empate em 1 a 1. A outra é deslocar o meia Elano para o setor.
O volante Preto Casagrande, reserva que tem entrado em quase todos os jogos, é outro que não poderá atuar -está suspenso.


Colaborou Victor Ramos, da Agência Folha


NA TV - Globo (somente para SP) e Record (somente para São Paulo), ao vivo, às 16h



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