DA REPORTAGEM LOCAL

Se a demissão do técnico Jair Picerni, oficializada anteontem, já se anunciava desde quinta-feira, após a inesperada eliminação da Copa do Brasil, pelo menos uma pessoa foi pega de surpresa.
Wilson Coimbra, 46, foi convocado às pressas pela diretoria palmeirense para dirigir o time no clássico de hoje com o Santos, enquanto o clube procura um substituto para a vaga deixada por Picerni.
O técnico interino, que normalmente comanda a equipe B do clube do Parque Antarctica -disputa a Série A-3 do Paulista-, teve inclusive de mudar seus planos iniciais para este fim de semana.
"Estava preparado para ir para o interior. Ia assistir a um jogo para observar alguns garotos. Mudei meus planos", explicou Coimbra, que em 2002 foi auxiliar técnico do time principal palmeirense quando Flávio Teixeira, o Murtosa, era o treinador.
Coimbra foi goleiro -atuou, entre outros clubes, no arqui-rival Corinthians e esteve no jogo em que o Palmeiras saiu de um jejum de títulos ao bater o time do Parque São Jorge na final do Paulista-93- e compara a situação que viverá hoje com a que passava quando era atleta profissional.
"Não é diferente de quando eu jogava no gol, quando estava fora [na reserva] e tinha que substituir grandes goleiros", analisa o treinador-tampão, que não encara o jogo de hoje como uma fogueira e também já descartou a pretensão de "saltar" um degrau em sua carreira como técnico e ser efetivado no cargo no Palmeiras.
"Ainda tenho um longo caminho a percorrer." (PGA)

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