DA REPORTAGEM LOCAL

Antes de começar o Brasileiro de 1985, ninguém previa que, na final, estariam Coritiba e Bangu. Foi a decisão mais surpreendente da história da competição.
Classificado para a segunda fase, o Coritiba ficou na chave de Corinthians, Sport e Joinville. Apenas o primeiro colocado do grupo ficava com a vaga.
Após vencer o grupo, o Coritiba pegou o Atlético-MG nas semifinais. Uma vitória em Curitiba por 1 a 0 e um empate sem gols no Mineirão credenciaram o time do Paraná para a decisão.
Naquele ano, por um desses absurdos do regulamento, a final foi disputada em apenas uma partida, na casa da equipe com maior pontuação na segunda fase. Assim, no dia 31 de julho de 1985, Bangu e Coritiba entraram em campo no Maracanã.
O Coritiba abriu o placar, aos 26 minutos do primeiro tempo, em falta cobrada por Índio. O Bangu empatou aos 35 minutos, por intermédio de Lulinha.
No segundo tempo, o time carioca continuou pressionando e chegou a fazer um gol, com o ponta-direita Marinho, anulado pelo árbitro Romualdo Arppi Filho, que, um ano depois, apitaria a final da Copa-86, no México.
A prorrogação terminou empatada e, já na madrugada do dia 1º de agosto, as duas equipes decidiram o título nos pênaltis.
Ado errou sua cobrança quando o placar estava 5 a 5. O zagueiro Gomes, campeão brasileiro em 1978 pelo Guarani, chutou o pênalti decisivo, dando o título ao time do Paraná. (ALF)



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