São Paulo, segunda-feira, 23 de agosto de 2004

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Resignados, rivais aguardam a saída

DOS ENVIADOS A ATENAS

A imagem da classe está inevitavelmente associada a Robert Scheidt. Na laser, seus títulos e sua longevidade ofuscaram todos os outros velejadores.
Agora, com a iminente migração do bicampeão olímpico para outras categorias, a lacuna fica aberta. Principalmente no Brasil, onde os atletas vivem sob sua sombra há uma década.
"Fico triste pela possibilidade de não poder competir com um grande campeão. Mas acho que ele quer evoluir na vela, tentar um outro tipo de barco. É uma possibilidade de me firmar", conta Bruno Fontes, oitavo colocado no ranking brasileiro da laser.
A hegemonia de Scheidt produziu situações inusitadas, como a protagonizada por João Signorini.
Ele era um concorrente aguerrido, mas sabia que tinha poucas chances de vencer o favorito na seletiva para Atenas. Solução: mudou de classe, engordou 17 kg e ganhou uma vaga para competir na finn -ficou em décimo lugar.
Quem acabou duelando por um posto na Olimpíada com Scheidt foi André Streppel, 22.
"Perdi a eliminatória, mas não fiquei triste. Sabia que o Brasil estaria muito bem representado. Acho que Robert quer novos desafios. Ele fez tudo o que poderia fazer", afirmou. (GR E RD)


Colaborou Eduardo Ohata, da Reportagem Local

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