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Resignados, rivais aguardam a saída
DOS ENVIADOS A ATENAS
A imagem da classe está inevitavelmente associada a Robert
Scheidt. Na laser, seus títulos e sua
longevidade ofuscaram todos os
outros velejadores.
Agora, com a iminente migração do bicampeão olímpico para
outras categorias, a lacuna fica
aberta. Principalmente no Brasil,
onde os atletas vivem sob sua
sombra há uma década.
"Fico triste pela possibilidade de
não poder competir com um
grande campeão. Mas acho que
ele quer evoluir na vela, tentar um
outro tipo de barco. É uma possibilidade de me firmar", conta
Bruno Fontes, oitavo colocado no
ranking brasileiro da laser.
A hegemonia de Scheidt produziu situações inusitadas, como a
protagonizada por João Signorini.
Ele era um concorrente aguerrido, mas sabia que tinha poucas
chances de vencer o favorito na
seletiva para Atenas. Solução:
mudou de classe, engordou 17 kg
e ganhou uma vaga para competir
na finn -ficou em décimo lugar.
Quem acabou duelando por um
posto na Olimpíada com Scheidt
foi André Streppel, 22.
"Perdi a eliminatória, mas não
fiquei triste. Sabia que o Brasil estaria muito bem representado.
Acho que Robert quer novos desafios. Ele fez tudo o que poderia
fazer", afirmou.
(GR E RD)
Colaborou Eduardo Ohata,
da Reportagem Local
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