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Atletismo testa roupa "mutante" para 2004
DO ENVIADO A SYDNEY
Quando os Jogos Olímpicos
voltarem para Atenas, em 2004,
uma avalanche de novidades deverá marcar o evento da cidade
grega que foi palco da primeira
Olimpíada (1896).
A principal delas já é polêmica
hoje. Em provas como atletismo,
triatlo (se seguir olímpico) e ciclismo, as roupas de quem estiver
na frente assumiriam certa cor
-o verde, por exemplo. Quem
estivesse em segundo ""ficaria"
amarelo. O terceiro, vermelho.
Seria um modo, que está sendo
analisado pela Iaaf (Federação Internacional de Atletismo), de facilitar ao público no estádio ou de
TV a identificação dos primeiros
colocados. Segundo a Iaaf, tal tecnologia já foi testada em corridas
de 800 m e 1.500 m. Mas nelas não
era toda a roupa do atleta que mudava de cor conforme a posição
-era apenas o tênis.
Os principais opositores à idéia
deverão ser os fabricantes de material esportivo, já que a cor é considerada importante na venda do
produto. Não é à toa que Michael
Johnson compete em Sydney com
uma sapatilha com pedaços de
ouro 24 quilates.
Na natação, algo parecido poderá ser feito para deixar mais claro
quem está ganhando. Uma luz,
por exemplo, que não atrapalhasse o nadador, mas ajudasse o espectador indicando as raias dos
três mais bem colocados.
No salto em altura, o ucraniano
Sergei Bubka, que além de atleta é
membro do COI, quer que uma
faixa de luz mostre exatamente a
posição do atleta no momento em
que atinge o ponto mais alto.
Seu outro desejo, porém, já está
sendo atendido em Sydney, só
que não poderá ser exibido antes
do final dos Jogos. Alguns dos
atletas que estiverem saltando terão uma microcâmera instalada
neles para mostrar a sensação de
quem está nas alturas.
Para Bubka, inovações como essa incentivarão os jovens a iniciar
a prática do esporte. ""Quantas
crianças não me perguntam o que
eu vejo e de que jeito quando estou lá em cima? A resposta vai estar aí", completou Bubka, que é
forte defensor das novidades tecnológicas no esporte.
(JCA)
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