DO ENVIADO A SYDNEY

Os investimentos em pesquisa e desenvolvimento pelos principais fabricantes de material esportivo não deixam de ser uma importante ferramenta de marketing.
Mesmo porque, na verdade, não são todos que irão chegar às mãos dos consumidores.
Especialistas em marketing esportivo discutiram, em um seminário da Universidade de Sydney, os negócios atrás dos Jogos. Calcularam que não mais do que 20% dos produtos olímpicos estarão disponíveis no mercado.
""Mesmo nos EUA, maiôs como o de Thorpe não são vistos nas lojas. Nas seletivas (americanas) da natação havia vários atletas que não conseguiam adquiri-los", disse Matt Ducker, professor de marketing de serviços no Canadá.
""Quem vai querer entrar numa piscina vestido do pescoço ao tornozelo? Só louco ou nadador profissional. Pessoas comuns, não."
Então por que o investimento? ""Para mostrar que sua marca é associada ao sucesso. As pessoas podem não comprar o ""fast skin" da Adidas, mas acabam comprando outros produtos da marca por causa dos ouros do Thorpe."
Mas não são todos os produtos que não estarão à venda. Os tênis que funcionam como uma mola para o basquete deverão chegar ao Brasil em fevereiro.
Já um novo modelo de camisa para futebol, que mantém as condições de temperatura do corpo, evitando perda excessiva de peso para o jogador, também está preparado para entrar no mercado brasileiro. Quando isso acontecer, será em grandes quantidades, já que, diferentemente do ""maiô pele de tubarão", interessa a um maior número de pessoas.
É justamente o que não acontece com cronômetros que medem milésimos de segundo. ""É algo muito específico. Para a maioria dos mortais, medir o tempo em segundos já é mais do que o suficiente", indagou Ducker. (JCA)


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