DA AGÊNCIA FOLHA EM SANTOS

O Santos se indignou com a postura dos são-paulinos, que ontem empataram em 2 a 2 com o Santo André no Morumbi, resultado que eliminou o time da Vila Belmiro do Paulista. Julgaram-na "covarde" e "antiesportiva".
O diretor de futebol do clube, Francisco Lopes, disse que a estratégia do rival paulista foi pragmática, mas "condenável".
"Eu, como dirigente, também preferiria enfrentar o Santo André nas quartas-de-final. O Palmeiras [que seria o adversário do São Paulo em caso de vitória] é um grande, seria um clássico, um jogo muito mais difícil. Foi isso que o São Paulo fez. Mas não posso concordar com esta atitude", afirmou o dirigente.
O atacante Ricardo Oliveira, artilheiro do Paulista com sete gols, achou lamentável a "estratégia são-paulina". Disse que o episódio "mancha" o futebol brasileiro.
"Eu não entraria em campo para fazer o que o São Paulo fez. É muito triste. Eu até desliguei o rádio quando o Santo André empatou. Deu raiva. Mas mostrou que eles têm medo de nos enfrentar", disse o jogador à rádio Jovem Pan.
Nem o técnico Emerson Leão nem o presidente santista, Marcelo Teixeira, foram encontrados pela reportagem para comentar o jogo do São Paulo e a consequente eliminação do Santos.
Mas já na semana passada, o treinador reclamava da fórmula do campeonato, que excluiu o Santos da última rodada.
Para Leão, isso permitiria que times classificados e com chances de classificação "escolhessem" seus adversários na etapa seguinte. Apesar disso, o treinador disse que acreditava na "dignidade" e no "profissionalismo" dos rivais do Morumbi, cujo empenho seria crucial para as suas pretensões.
O técnico do Santos também achou que foi prejudicado na reta final da primeira fase do Estadual por "um erro de direito" do juiz Paulo César de Oliveira no clássico em que o time perdeu por 2 a 1 para o São Paulo, na Vila Belmiro. Por isso, segundo ele, o clube deveria buscar uma indenização na Justiça caso ficasse de fora.
Com o nono lugar na classificação geral, o Santos não se classificou para as quartas-de-finais, mas também não terá que disputar o chamado "torneio da morte", que definirá os dois times rebaixados para a Série A-2 em 2004.
Se não fizer amistosos, o time só voltará a jogar no próximo dia 12 de março, pela Taça Libertadores, contra o El Nacional, do Equador, em Quito. A programação de treinamentos da semana será divulgada somente hoje, após a reapresentação dos jogadores, marcada para o período da manhã.


Texto Anterior: Palmeiras apela à CBF pela Sul-Americana
Próximo Texto: A rodada: Dia já começou trágico para o torcedor santista
Índice