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Brasil e Espanha lideram estatísticas
Times de Parreira e Aragonés se destacam em passes, posse de bola e na força ofensiva e defensiva, além do "fair play'
Seleções, que venceram seus grupos e podem duelar nas quartas, também se caracterizam por dribles e chances de gol criadas
DOS ENVIADOS A BERGISCH GLADBACH
Acabou a primeira fase da
Copa da Alemanha. E, se estatística ganhasse jogo, o Brasil
iria fazer a final da competição
com a surpreendente Espanha.
Seja pelo aproveitamento de
100% dos pontos, pelas boas
médias de gols marcados e sofridos ou pelo desempenho na
maioria dos fundamentos, brasileiros e espanhóis fariam hoje
uma hipotética decisão.
Ambos só foram vazados
uma vez. Os europeus só fizeram um gol a mais, oito contra
sete. E as duas seleções se alternaram em postos de destaque
nos rankings do Datafolha depois de 48 jogos da fase que
classificou 16 equipes.
Praticamente tudo o que é
relacionado ao futebol bem jogado é encabeçado por jogadores do Brasil e da Espanha.
As duas seleções são as que
melhor tratam a bola. Os comandados de Parreira lideram
no aproveitamento de passes,
com precisão de 92,2%. São seguidos de perto pelo elenco dirigido pelo veterano e turrão
Luís Aragonés, com 89,9%.
O melhor do Grupo F e o líder
do Grupo H, que podem se enfrentar já nas quartas-de-final,
foram os times que mais ficaram com a bola no pé. Dessa
vez, quem lidera são os espanhóis, com exatos 32 minutos
de posse de bola por jogo. Os
brasileiros vêm em segundo,
com 30 minutos e 46 segundos.
Quando não se alternam no
primeiro e no segundo lugar, as
duas seleções também se destacam. É o que ocorre, por exemplo, no ranking da lealdade.
Após três jogos, os pupilos de
Parreira são os menos faltosos,
com média de 11,7 infrações por
partida. Antes de encarar a Arábia Saudita, o posto de rei da
lealdade era da Espanha. Mas o
time foi mais faltoso ontem
diante do time árabe e passou a
ter a sexta menor média de faltas cometidas (14 por partida).
Os dois destaques estatísticos da primeira fase também
criaram muitas chances. A Espanha, que ontem escalou seus
reservas contra a Arábia Saudita, foi o segundo time que mais
criou chances -22 finalizações
por partida. O Brasil não ficou
longe. Com média de 19 tentativas, foi o quinto nas conclusões.
E, para irem ao ataque, a seleção da camisa amarela e a de
vermelho abusaram dos lances
individuais. O Brasil, de acordo
com o Datafolha, foi o segundo
time que mais driblou, com
25,3 tentativas por partida. A
Espanha aparece logo atrás, em
terceiro, com 24,7 fintas, em
média, a cada um dos três jogos
da fase de classificação.
Boa parte dos brasileiros, incluindo destaques, como Robinho, Ronaldinho e Ronaldo, jogam na Espanha. Já o país europeu, que tem como volante o
brasileiro Marcos Senna, foge à
regra da sua história e aposta
em atletas que atuam hoje no
exterior, casos de Cesc Fabregas, Xavi Alonso e Reyes, todos
jogando na Inglaterra.0
(EDUARDO ARRUDA, PAULO COBOS, RICARDO
PERRONE E SÉRGIO RANGEL)
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