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Após erros, Fifa ataca a arbitragem
Joseph Blatter, presidente da entidade, reconhece falha de juiz na Copa, mas diz que "não há perfeição"
DA REPORTAGEM LOCAL
Pivô de controvérsia na Copa-02, a arbitragem encerra a
primeira fase do Mundial alemão sob desconfiança. E até o
presidente da Fifa, o normalmente comedido Joseph Blatter, deu sinais de impaciência
diante da quantidade de erros.
O dirigente criticou publicamente o juiz Graham Poll, que
não expulsou o zagueiro croata
Simunic, após ter dado ao atleta
o segundo amarelo no duelo
contra a Austrália, anteontem.
"Minha reação? É de surpresa com o que aconteceu. Nós tínhamos o árbitro e três assistentes trabalhando. Não dá para entender porque ninguém
interveio", questionou Blatter.
Simunic recebeu dois cartões
amarelos durante a partida e
continuou em campo. No final
do jogo, Poll mostrou um terceiro amarelo e, aí sim, o vermelho, expulsando o jogador.
"Não posso entender porque,
quando o juiz comete um erro,
seus três assistentes não o alertam", acrescentou o dirigente.
Apesar disso, a Fifa confirmou o resultado do duelo -2 a
2- que colocou o time da Oceania nas oitavas-de-final.
"Nenhuma equipe fez reclamação. Austrália e Croácia não
sofreram prejuízos. O resultado dessa partida continua válido", relatou Markus Siegler, diretor de comunicações da Fifa.
Blatter também reconheceu
erro do mexicano Benito Archundia na partida França x
Coréia do Sul. Na ocasião, o goleiro Lee Woon-jae defendeu
cabeçada do francês Vieira já
dentro do gol, que, porém, não
foi validado. A França, que vencia por 1 a 0, sofreu depois o
empate. "A bola passou a linha
do gol claramente", disse ele.
Para diminuir os erros de arbitragem, que prejudicaram
Itália e Espanha na Copa-02, a
Fifa implantou mudanças. Na
Alemanha, pela primeira vez
em Copas, juiz e auxiliares de
cada jogo são do mesmo país.
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