São Paulo, sábado, 24 de junho de 2006

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Após erros, Fifa ataca a arbitragem

Joseph Blatter, presidente da entidade, reconhece falha de juiz na Copa, mas diz que "não há perfeição"

DA REPORTAGEM LOCAL

Pivô de controvérsia na Copa-02, a arbitragem encerra a primeira fase do Mundial alemão sob desconfiança. E até o presidente da Fifa, o normalmente comedido Joseph Blatter, deu sinais de impaciência diante da quantidade de erros.
O dirigente criticou publicamente o juiz Graham Poll, que não expulsou o zagueiro croata Simunic, após ter dado ao atleta o segundo amarelo no duelo contra a Austrália, anteontem.
"Minha reação? É de surpresa com o que aconteceu. Nós tínhamos o árbitro e três assistentes trabalhando. Não dá para entender porque ninguém interveio", questionou Blatter.
Simunic recebeu dois cartões amarelos durante a partida e continuou em campo. No final do jogo, Poll mostrou um terceiro amarelo e, aí sim, o vermelho, expulsando o jogador.
"Não posso entender porque, quando o juiz comete um erro, seus três assistentes não o alertam", acrescentou o dirigente.
Apesar disso, a Fifa confirmou o resultado do duelo -2 a 2- que colocou o time da Oceania nas oitavas-de-final.
"Nenhuma equipe fez reclamação. Austrália e Croácia não sofreram prejuízos. O resultado dessa partida continua válido", relatou Markus Siegler, diretor de comunicações da Fifa.
Blatter também reconheceu erro do mexicano Benito Archundia na partida França x Coréia do Sul. Na ocasião, o goleiro Lee Woon-jae defendeu cabeçada do francês Vieira já dentro do gol, que, porém, não foi validado. A França, que vencia por 1 a 0, sofreu depois o empate. "A bola passou a linha do gol claramente", disse ele.
Para diminuir os erros de arbitragem, que prejudicaram Itália e Espanha na Copa-02, a Fifa implantou mudanças. Na Alemanha, pela primeira vez em Copas, juiz e auxiliares de cada jogo são do mesmo país.


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