DOS ENVIADOS A MANIZALES

A medíocre atuação da seleção ainda no primeiro tempo do jogo de ontem descontrolou o técnico Luiz Felipe Scolari.
Suspenso por ter sido expulso contra o Paraguai, ele acompanhou a derrota de uma cabine reservada a emissoras de rádio. Ao final da primeira etapa, já deixou o local transtornado.
A reportagem da Folha questionou o técnico sobre o que ele havia achado do primeiro tempo. Primeiro, Scolari fingiu que não ouviu.
Diante da repetição da pergunta, passou a xingar o repórter. O repórter quis então saber o motivo do nervosismo e foi novamente insultado pelo técnico.
O treinador viu o primeiro tempo em companhia do delegado da Polícia Federal Alberto Lasserre -chefe do grupo de agentes do órgão que acompanha a seleção na Colômbia-, do fisioterapeuta Luís Rosan e dos jogadores Roque Júnior e Fábio Rochemback, suspensos.
A cabine foi reservada pelo argentino naturalizado brasileiro Jose Lázaro, amigo de Scolari e que presta serviços para a Traffic, agência promotora da Copa América.
Para evitar alarde, Lázaro reservou a cabine como se fosse para uma rádio e mandou pregar na porta o nome de uma emissora que não existe, rádio Itália.
O auxiliar Flávio Teixeira, o Murtosa, deveria estar na cabine, pois estava suspenso por também ter sido expulso no jogo contra o Paraguai, porém usou de uma artimanha para driblar a punição.
Como seu rosto não é muito conhecido, Murtosa entrou no campo e não assinou a súmula. Conseguiu ir incógnito ao banco de reservas e lá ficou. (FV e SR)



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