DA REPORTAGEM LOCAL

O projeto do COB (Comitê Olímpico Brasileiro) para estruturar a candidatura do Rio para o Pan-Americano de 2007 e a Olimpíada de 2012 sofreu ontem sua terceira derrota em três meses.
A cidade era uma das três candidatas a sede do Mundial de Judô de 2005 e acabou sendo derrotada por Cairo (Egito). O anúncio aconteceu em Munique (Alemanha), onde acontece o Mundial da modalidade, a partir de quinta.
O desejo do COB é fazer no Rio o maior número de eventos de relevância mundial para fortalecer as candidaturas de 2007 e 2012.
O presidente do COB, Carlos Arthur Nuzman, havia citado como exemplo Pequim, que vai abrigar a Olimpíada de 2008. ""A China realizou 50 eventos mundiais nos últimos dez anos."
Com esse objetivo, foram lançadas as candidaturas da cidade aos Mundiais de tênis de mesa (individual em 2003 e por equipes em 2004), de desportos aquáticos (em 2005) e de judô (em 2005).
Seria a primeira vez que o país organizaria um Mundial de qualquer uma das três modalidades.
O primeiro revés foi em abril, quando Paris, a única concorrente do Rio, foi anunciada como sede do Mundial individual de tênis de mesa. Após a derrota, foi retirada a candidatura para o Mundial por equipes, deixando Doha (Qatar) como única interessada.
No sábado passado, nos desportos aquáticos, a cidade foi derrotada por Montreal (Canadá).
Ontem, o Rio conseguiu 67 votos, contra 83 de Cairo e 13 de Perth (Austrália) -Varsóvia (Polônia), que era uma das candidatas, se retirou da disputa.
Como o Cairo obteve maioria simples, a eleição teve apenas uma rodada de votação.
Tanto nos desportos aquáticos como no judô, o Rio será novamente candidato a sede para os Mundiais seguintes, em 2007.
Mesmo com as três derrotas, Nuzman, que estava presente na sessão da FIJ (Federação Internacional de Judô), avaliou como muito positivas as tentativas.
""O Brasil ficou muito tempo sem se candidatar a receber campeonatos importantes, o que acabou prejudicando as atuais candidaturas", afirmou Nuzman.
O dirigente disse que as derrotas não vão interferir no projeto, que tem o apoio do Ministério do Esporte e Turismo, de trazer o Pan e a Olimpíada para o Rio.
Para ele, sediar Mundiais é importante, mas não determinante.
"O que vai determinar o sucesso do Rio será sua capacidade de responder às exigências do caderno de encargos, que são enormes."



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