DA REPORTAGEM LOCAL

Há exato um ano, Daiane Garcia dos Santos deixou de ser uma ginasta comum de 1,45 m apaixonada por sapos para virar estrela internacional. Foi em um 24 de agosto, como hoje, que ela levantou o público e ganhou no solo do Mundial de Anaheim (EUA).
A partir dali, "Dai" (ela foi batizada em homenagem à princesa Diana) passou a ser visita em casa, como conta sua família. Celebridade, elevou seus rendimentos a mais de R$ 100 mil, cativou fãs e levou o olhar do país para a ginástica.
E mais: quebrou tabus. Tornou-se a primeira brasileira a liderar um ranking mundial de ginástica, teve seu nome (Dos Santos) escrito no código de pontuação da modalidade devido a movimentos até inéditos e foi peça-chave para a volta da Copa do Mundo ao país.
Filha de Magda, cozinheira, e de Moacir, monitor da Fundação da Proteção Especial, a antiga Febem, Daiane teve que se superar para chegar aos Jogos.
Foi descoberta há dez anos, quando brincava em uma pracinha de Porto Alegre, e desde então, com ajuda do Grêmio Náutico União e até de uma pizzaria, viveu altos e baixos.
Estrela no Pan-99, viu o sonho de atuar nos Jogos ser adiada em 2000, superou contusões e preconceitos, abriu mão até de baladas e brilhou em 2003, em uma final como a de ontem, histórica. (CCP)


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