São Paulo, domingo, 24 de setembro de 2000

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Africanos dizem que "Brasil não é mais o mesmo"

DO ENVIADO A BRISBANE
Virou rotina nesta Olimpíada ouvir técnico africano dizer que o futebol brasileiro já não é mais o mesmo. Primeiro foi o sul-africano Ephraim Mashaba, logo após o seu time fazer 3 a 1 no Brasil.
Ontem foi a vez do camaronês Jean-Paul Akono.
"Esse não é o Brasil que conhecemos. Acho que o Brasil está olhando muito para os europeus, se preocupando demais com a tática e deixando de lado a espontaneidade, que sempre foi a melhor característica de africanos e sul-americanos", analisou o técnico de Camarões.
Espontaneidade talvez seja pouco para definir a postura de Akono. Durante toda a partida, ele ficou à beira do campo ordenando seu time a atacar. Até na prorrogação, com dois jogadores a menos.
Aos 36min do segundo tempo, quando já tinha um homem a menos em campo, Akono mostrou uma ousadia por muitos considerada loucura: na última substituição a que tinha direito, tirou um atacante (Eto'o) e colocou outro (Suffo).
E explicou: "Camarões tem um um temperamento ofensivo. Na minha concepção, a melhor forma de se defender é atacando". (FV)



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