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Esporte evoluiu
no Brasil na
última década
DO ENVIADO A SYDNEY
Ainda nos anos 80, sem
clube, brigada com o então
presidente da Confederação
Brasileira de Vôlei, Carlos
Arthur Nuzman, a levantadora Jacqueline tornava-se
pioneira ao emigrar para os
EUA, meca do vôlei de praia.
Lá conquistou títulos, foi
eleita rainha da praia e passou a adotar o nome de Jackie Silva. Talvez hoje a campeã olímpica não chegasse a
esse extremo.
Em pouco mais de uma
década, com alguma organização e uma boa dose de investimento estatal, o circuito
nacional tornou-se atrativo a
ponto de duplas de vários
países passarem parte da
temporada no país.
""O nível melhorou muito
desde quando a gente começou. O que leva o Brasil a ter
esses resultados é que a gente tem um circuito forte. Jogamos o ano inteiro. Isso
ajuda a nos manter tanto
tempo como primeiras do
mundo", diz Shelda.
Apenas neste ano, o Banco
do Brasil deverá destinar R$
4 milhões para o departamento de vôlei de praia da
CBV -o mesmo que gasta
com o patrocínio das seleções nacionais indoor.
Nos bastidores, é corrente
a influência de Carlos Arthur
Nuzman, hoje presidente do
COB, no processo para que o
vôlei de praia se tornasse esporte olímpico.
Aproveitando o fato de
conseguirem assegurar no
mínimo mais uma medalha,
as jogadoras retomam uma
antiga reivindicação.
""No circuito mundial, já
não há diferença entre prêmios de homens e mulheres.
Precisavam fazer o mesmo
no Brasil", dizia Sandra Pires. Shelda se mostrava
preocupada com a renovação. ""É preciso que apareça
mais gente, uma geração para nos substituir."
(JAD)
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