São Paulo, domingo, 24 de setembro de 2000

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HIPISMO
Equipe brasileira, com a mesma formação que ganhou o bronze em Atlanta-96, tem como destaque o tricampeão da Copa do Mundo
Pessoa estréia hoje tentando segundo pódio consecutivo

DO ENVIADO A SYDNEY

A equipe brasileira de saltos inicia hoje a campanha para tentar subir ao pódio olímpico pela segunda vez consecutiva. Foi bronze nos Jogos de Atlanta-96.
O time terá os mesmos cavaleiros: Rodrigo Pessoa (com o cavalo Baloubet du Rouet), Álvaro Affonso de Miranda Neto, o Doda (com Aspen), André Johannpeter (com Calei Joter) e Luiz Felipe de Azevedo (com Ralph).
As provas do torneio por equipes também valem como seletiva para a disputa individual, na qual o brasileiro Rodrigo Pessoa desponta como forte candidato à medalha de ouro. Com o mesmo cavalo, Baloubet du Rouet, Pessoa conquistou os títulos do Mundial de Roma-98 e três Copas do Mundo na sequência (98, 99 e 2000).
Essas vitórias obtidas pelo conjunto levaram a revista norte-americana "Sports Ilustrated", uma das mais bem conceituadas do mundo em esportes, a colocar o brasileiro como favorito ao título em Sydney, na prova individual. Aponta também como destaques o alemão Ludger Beerbaum e o italiano Jerry Smit.
Pessoa afirmou que está "com expectativa muito boa em relação aos Jogos". O brasileiro, que disputa sua terceira Olimpíada, disse que a competição individual é sua prioridade, mas não descarta uma medalha por equipe.
Durante as vésperas das competições, Pessoa ficará hospedado numa casa que alugou em Horsley Park, onde dormirá para diminuir o cansaço. A Vila Olímpica, onde os atletas ficam hospedados, dista cerca de 20 km do local da competição hípica.
Ontem, a equipe brasileira participou do reconhecimento da pista oficial. Mas apenas Pessoa e Azevedo entraram na pista para saltar. Doda e Johannpeter preferiram poupar suas montarias. Foi um teste simples.
"O piso é ótimo. Cada concorrente teve 90 segundos para saltar o obstáculo de sua preferência", afirmou Carlos Verri, chefe da equipe brasileira de saltos.
Segundo ele, o teste é rotineiro e tem pouco significado. "Na prova oficial, com o circuito completo, as dificuldades e exigências são outras", disse.
Para Verri, todos os conjunto que foram para a pista pareceram estar bem. Suíça, Alemanha, EUA, França e Inglaterra são as principais forças da modalidade.
No primeiro dia do torneio por equipes, todos os cavaleiros fazem uma única passagem. Quinta-feira, haverá outras duas passagens completando a competição.
Os 45 conjuntos mais bem colocados se classificam para as finais do torneio individual, programadas para o próximo domingo, quando o título será decidido em rodada com duas passagens.
Luiz Felipe de Azevedo está otimista. Disse que o hipismo nacional atravessa momento favorável. "Temos tudo para fazer a melhor campanha de nossa história aqui em Sydney." (EDGARD ALVES)



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