São Paulo, domingo, 24 de setembro de 2000

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

BASQUETE
Equipe do técnico Barbosa pode perder por até 13 pontos de diferença para ficar em terceiro no Grupo A e fugir dos EUA nas quartas-de-final
Brasil enfrenta Canadá já pensando na próxima fase

EDGARD ALVES
ENVIADO ESPECIAL A SYDNEY

As equipes femininas de basquete do Brasil e do Canadá se enfrentam hoje (7h30 de Brasília) com os pensamentos voltados para as quartas-de-final do torneio olímpico. É a última rodada da fase de classificação, e o jogo define qual das duas equipes fica com a terceira colocação.
"Embora possamos perder por até 13 pontos de diferença para ficar com o terceiro lugar, vamos jogar para ganhar", afirmou o técnico da seleção brasileira, Antônio Carlos Barbosa.
O time do Brasil tem duas vitórias (contra Eslováquia e Senegal) e duas derrotas (Austrália e França). O Canadá só venceu o Senegal. Por isso, se a Eslováquia confirmar o favoritismo diante do Senegal (as duas equipes se enfrentam), as canadenses precisarão da vitória para passar às quartas-de-final. Mesmo assim, ocorreria tríplice empate (Brasil, Canadá e Eslováquia). O desempate iria para o saldo de cestas dos jogos entre as equipes empatadas. Aí, o Brasil cai fora se perder por mais de 20 pontos.
Terminando em terceiro, o Brasil vai cruzar nas quartas-de-final com a Rússia, em jogo eliminatório. Ficando em quarto, enfrentará a equipe dos EUA, a mais forte concorrente ao título.
O técnico Barbosa decidiu manter as titulares para o início do jogo: Claudinha, Helen, Janeth, Cíntia Tuiú e Alessandra. "A maior dificuldade está no revezamento da Janeth. Não temos uma jogadora específica para a posição dela, que acaba ficando sobrecarregada", disse Barbosa. Na derrota para a França, por 73 a 70, Janeth ficou em quadra por 45 minutos (todo o tempo normal e a prorrogação completa).
A seleção do Canadá costuma cair de rendimento quando faz substituições. A técnica Ann Smith usa bastante a pivô Tammy Sutton-Brown, de 1,93 m, as alas Dianne Norman e Kelly Boucher e as armadoras Cal Bouchard e Stacey Dales.
Para a ala Janeth, a principal jogadora do Brasil, o ponto forte do time canadense é o posicionamento defensivo.
"Nosso time precisa jogar com muita determinação para fugir da marcação, que é bem feita pelo Canadá", afirmou.
Brasileiras e canadenses já se enfrentaram 33 vezes com 28 vitórias do Brasil.
Os últimos dois confrontos aconteceram nos Jogos Pan-Americanos de Winnipeg-99, com uma vitória para cada equipe: Brasil 70 a 59 e Canadá 56 a 54, na disputa da medalha de bronze.
A rodada do Grupo A será completada com o jogo entre França e Austrália. A chave é liderada por Austrália e França (8 pontos cada), seguidas pelo Brasil (6), Eslováquia e Canadá (5) e Senegal (4).



Texto Anterior: Hipismo: Pessoa estréia hoje tentando segundo pódio consecutivo
Próximo Texto: Descontrole emocional atrapalha jogadoras
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.