São Paulo, segunda-feira, 24 de outubro de 2005

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PAN-AMERICANO

Favelas implantarão ações de inclusão

Por paz nos Jogos, comunidades carentes tomam dianteira de Lula

EDUARDO OHATA
DO PAINEL FC

A associação de comunidades carentes do Rio, que engloba a Cidade de Deus e o complexo do Morro do Alemão, entre dezenas de outras, inicia amanhã ações para garantir que o programa Segurança Cidadã seja mantido no Pan-07. Não quer depender da definição pelo presidente Lula do ministério que ficará com o controle da segurança da competição.
O Segurança Cidadã prevê intervenções sociais conjuntamente com ações de segurança do Pan. Acredita-se que terá mais chance de ser posto em prática no Pan caso a segurança fique a cargo da Justiça. Se for a Defesa prevalecer, há a crença de que a tarefa ficará majoritariamente com o Exército.
O passo inicial das comunidades carentes será pôr em prática o "Guias Cívicos", primeira ação do programa e cuja meta é capacitar mais de 10 mil jovens em situação de risco. Amanhã, na Universidade Estadual do Rio, será discutido o número de jovens com que cada comunidade contribuirá. Ao menos 40 comunidades pleiteiam integrar o programa.
Ficou para o fim do mês a decisão do presidente Lula sobre qual pasta ficará à frente da segurança do Pan. "Se a Defesa encontrar o processo avançado, será forçada a dialogar, mesmo que o Segurança Cidadã não estivesse em seus planos", afirma Cleunice Dias de Almeida, 53, do comitê comunitário da Cidade de Deus e coordenadora da ONG Centro de Estudos de Ação Cultural da Cidadania. "Na Eco 92, colocaram próximo às favelas aquela força simbólica [Exército], uma satisfação à opinião pública que teve efeito negativo nas comunidades."


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