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PAN-AMERICANO
Favelas implantarão ações de inclusão
Por paz nos Jogos, comunidades carentes tomam dianteira de Lula
EDUARDO OHATA
DO PAINEL FC
A associação de comunidades
carentes do Rio, que engloba a Cidade de Deus e o complexo do
Morro do Alemão, entre dezenas
de outras, inicia amanhã ações
para garantir que o programa Segurança Cidadã seja mantido no
Pan-07. Não quer depender da
definição pelo presidente Lula do
ministério que ficará com o controle da segurança da competição.
O Segurança Cidadã prevê intervenções sociais conjuntamente
com ações de segurança do Pan.
Acredita-se que terá mais chance
de ser posto em prática no Pan caso a segurança fique a cargo da
Justiça. Se for a Defesa prevalecer,
há a crença de que a tarefa ficará
majoritariamente com o Exército.
O passo inicial das comunidades carentes será pôr em prática o
"Guias Cívicos", primeira ação do
programa e cuja meta é capacitar
mais de 10 mil jovens em situação
de risco. Amanhã, na Universidade Estadual do Rio, será discutido
o número de jovens com que cada
comunidade contribuirá. Ao menos 40 comunidades pleiteiam integrar o programa.
Ficou para o fim do mês a decisão do presidente Lula sobre qual
pasta ficará à frente da segurança
do Pan. "Se a Defesa encontrar o
processo avançado, será forçada a
dialogar, mesmo que o Segurança
Cidadã não estivesse em seus planos", afirma Cleunice Dias de Almeida, 53, do comitê comunitário
da Cidade de Deus e coordenadora da ONG Centro de Estudos de
Ação Cultural da Cidadania. "Na
Eco 92, colocaram próximo às favelas aquela força simbólica
[Exército], uma satisfação à opinião pública que teve efeito negativo nas comunidades."
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