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TÊNIS
O retorno
THALES DE MENEZES
E Pete Sampras voltou. Voltou
a jogar. E a jogar uma barbaridade. Como o cara bate fácil na
bola! É incrível. É show.
Do outro lado da rede, o adversário, seja Gustavo Kuerten
ou qualquer outro, faz um esforço sobre-humano para tentar
nivelar as coisas. Aí Sampras
aparece e dá um voleio sensacional como se estivesse escovando
os dentes. É injusto, até cruel.
Por falar em justiça, talvez um
dedo divino tenha influenciado
o sorteio em Hannover. Afinal,
foi batendo bola com Kuerten,
antes do US Open, que Sampras
sentiu a contusão que o afastou
das quadras por várias semanas. E foi justamente contra o
brasileiro que o maior tenista da
história voltou a exibir um tênis
arrasador.
Por falar em arrasador, Andre
Agassi não ficou atrás. Trucidou
o equatoriano Nicolás Lapentti
em dois sets rápidos e aumentou
a expectativa em cima de seu
confronto contra Sampras. O
duelo de norte-americanos pode
acontecer duas vezes, na fase de
classificação e numa possível final. Seria muita sorte dos alemães que já compraram os ingressos em Hannover.
Pelo tênis que os dois apresentaram ontem, deverá ser um jogão. Se Sampras conseguir sacar
bem, pode definir os pontos pela
via rápida e levar vantagem.
Mas as chances de Agassi crescem se ele conseguir trocar bolas
com o rival. Nesse caso, a falta
de ritmo de Sampras, que ficou
quase três meses sem jogar, pode
decidir a partida a favor do
atual número um do mundo.
No outro grupo, só mesmo
muita ajuda da torcida pode tirar de Nicolas Kiefer a aura de
coadjuvante. Entre Yevgeny Kafelnikov, Todd Martin e Thomas
Enqvist, o último parece em melhor forma, mas qualquer dupla
desse trio pode ir às semifinais.
Quanto a Kuerten, resta jogar
bem e vencer o amigo Lapentti.
Diante de Agassi, vai entrar como franco-atirador e deve jogar
no ataque, já que trocar bola
com o americano é suicídio. Numa dessas, quem sabe?
NOTAS
Novo processo
A Copa do Mundo adota agora esse sorteio dos jogadores para a formação dos grupos. São feitos quatro pares (primeiro e segundo, terceiro e quarto, quinto e sexto, sétimo e oitavo) e um de cada par vai para um dos grupos. Esse processo criou esse grupo "pedreira" para Gustavo Kuerten, com Andre Agassi e Pete Sampras na mesma chave. O processo antigo era melhor, já que o tenista conhecia o seu grupo pela classificação da temporada -um grupo era formado pelos tenistas em primeiro, quarto, quinto e oitavo na classificação; o outro tinha segundo, terceiro, sexto e sétimo. Fácil e direto.
Nova arma
Lindsay Davenport ganhou o Masters feminino com todos os méritos e uma arma: um novo jeito de sacar, com a bola mais alta e um movimento muito mais amplo. Melhorou pacas e fez a diferença no torneio.
E-mail thales@folhasp.com.br
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