São Paulo, Quarta-feira, 24 de Novembro de 1999


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TÊNIS
O retorno

THALES DE MENEZES

E Pete Sampras voltou. Voltou a jogar. E a jogar uma barbaridade. Como o cara bate fácil na bola! É incrível. É show.
Do outro lado da rede, o adversário, seja Gustavo Kuerten ou qualquer outro, faz um esforço sobre-humano para tentar nivelar as coisas. Aí Sampras aparece e dá um voleio sensacional como se estivesse escovando os dentes. É injusto, até cruel.
Por falar em justiça, talvez um dedo divino tenha influenciado o sorteio em Hannover. Afinal, foi batendo bola com Kuerten, antes do US Open, que Sampras sentiu a contusão que o afastou das quadras por várias semanas. E foi justamente contra o brasileiro que o maior tenista da história voltou a exibir um tênis arrasador.
Por falar em arrasador, Andre Agassi não ficou atrás. Trucidou o equatoriano Nicolás Lapentti em dois sets rápidos e aumentou a expectativa em cima de seu confronto contra Sampras. O duelo de norte-americanos pode acontecer duas vezes, na fase de classificação e numa possível final. Seria muita sorte dos alemães que já compraram os ingressos em Hannover.
Pelo tênis que os dois apresentaram ontem, deverá ser um jogão. Se Sampras conseguir sacar bem, pode definir os pontos pela via rápida e levar vantagem. Mas as chances de Agassi crescem se ele conseguir trocar bolas com o rival. Nesse caso, a falta de ritmo de Sampras, que ficou quase três meses sem jogar, pode decidir a partida a favor do atual número um do mundo.
No outro grupo, só mesmo muita ajuda da torcida pode tirar de Nicolas Kiefer a aura de coadjuvante. Entre Yevgeny Kafelnikov, Todd Martin e Thomas Enqvist, o último parece em melhor forma, mas qualquer dupla desse trio pode ir às semifinais.
Quanto a Kuerten, resta jogar bem e vencer o amigo Lapentti. Diante de Agassi, vai entrar como franco-atirador e deve jogar no ataque, já que trocar bola com o americano é suicídio. Numa dessas, quem sabe?

NOTAS

Novo processo
A Copa do Mundo adota agora esse sorteio dos jogadores para a formação dos grupos. São feitos quatro pares (primeiro e segundo, terceiro e quarto, quinto e sexto, sétimo e oitavo) e um de cada par vai para um dos grupos. Esse processo criou esse grupo "pedreira" para Gustavo Kuerten, com Andre Agassi e Pete Sampras na mesma chave. O processo antigo era melhor, já que o tenista conhecia o seu grupo pela classificação da temporada -um grupo era formado pelos tenistas em primeiro, quarto, quinto e oitavo na classificação; o outro tinha segundo, terceiro, sexto e sétimo. Fácil e direto.

Nova arma
Lindsay Davenport ganhou o Masters feminino com todos os méritos e uma arma: um novo jeito de sacar, com a bola mais alta e um movimento muito mais amplo. Melhorou pacas e fez a diferença no torneio.

E-mail thales@folhasp.com.br


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