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São Paulo, quarta-feira, 24 de dezembro de 2003

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Após um ano, Parreira não empolga brasileiros


Pesquisa Datafolha mostra que 39% dos torcedores aprovam o trabalho do treinador, índice idêntico ao de Scolari após sufoco nas eliminatórias


DA REPORTAGEM LOCAL

Como nos momentos dramáticos de Luiz Felipe Scolari no cargo ou bem distante de quando se despediu do emprego da última vez. Esse é o resultado da avaliação popular da terceira passagem de Carlos Alberto Parreira, 60, pelo comando da seleção brasileira, segundo pesquisa do Datafolha.
No levantamento, que ouviu, na primeira quinzena do mês, 12.180 pessoas em 396 municípios de todos os Estados do país, 39% dos entrevistados classificam o trabalho do treinador em 2003 como ótimo ou bom -a margem de erro é de dois pontos percentuais, para cima ou para baixo.
Ainda segundo a pesquisa, 32% dos brasileiros acham Parreira regular, 11% ruim ou péssimo e 18% não souberam opinar. Se está longe de ser uma tragédia, a avaliação do treinador está bem distante de um patamar de excelência.
O índice de aprovação (39%) é idêntico ao registrado por Scolari ao final das eliminatórias para a Copa-2002, quando a seleção, depois de seis derrotas no qualificatório, só conseguiu vaga na última rodada, diante da fraca Venezuela -a aprovação ao treinador gaúcho praticamente dobrou depois da vitoriosa campanha no Mundial da Coréia do Sul e do Japão.
Ao optar novamente pelo desafio de comandar a seleção, Parreira também aceitou o risco de arranhar a imagem que deixou em 1994, quando deixou o cargo com o tetracampeonato mundial.
Após o título na Copa dos EUA, 59% dos paulistanos apontavam o desempenho do treinador como ótimo ou bom. Agora, a aprovação do treinador na capital paulista é de 39%, o mesmo índice obtido em termos nacionais.
Parreira foi contratado pela CBF para dirigir a seleção em janeiro com forte apoio popular.
Segundo pesquisa Datafolha realizada no final do ano passado, ele era o preferido dos torcedores do país, à frente de nomes como Emerson Leão, Zagallo e Wanderley Luxemburgo.
Em 2004, Parreira terá um ano cheio para aumentar sua popularidade ou evitar que ela despenque. Serão mais sete jogos pelas eliminatórias e a disputa da Copa América, além de pelo menos dois amistosos na Europa.


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