São Paulo, segunda-feira, 25 de maio de 2009

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JUCA KFOURI

Empate de São Marcos e do apito


O jogo entre Palmeiras e São Paulo terminou com um 0 a 0 que não agradou, mas não matou nenhum dos times


ENTRE MORTOS e feridos, salvaram-se quase todos. Porque o árbitro foi covarde ao não expulsar Jumar ainda no primeiro tempo e cego ao não dar, no segundo, um pênalti de Miranda em Diego Souza.
A pusilanimidade dos árbitros tem sido de arrepiar no que diz respeito à violência, como, aliás, aconteceu também com o apitador que irá à Copa, Carlos Simon, na partida entre Fluminense e Corinthians, quando dois tricolores teriam de ser postos para fora e não foram. Mas, no Palestra Itália, o primeiro tempo foi de deixar palmeirense de cabelo em pé.
É impressionante como, mesmo com três zagueiros altos, embora fracos, e dois volantes perdigueiros, embora ruins, a bola alta faz festa na defesa alviverde.
Aí só resta rezar pelos milagres Dele, São Marcos. Milagres que se repetiram mais três vezes: numa cabeçada de André Dias, numa saída nos pés de Dagoberto e numa virada à queima-roupa de Washington, só no primeiro tempo, quando o São Paulo fez por merecer uma vantagem de pelo menos dois gols.
Verdade que o estreante, e bom, goleiro Denis também apareceu num voleio cara a cara com Keirrison, mas o tricolor fez gato e sapato do rival até que o segundo tempo tivesse início. Aí, mudou.
O Palmeiras voltou melhor, mais pelas ausências de Mozart e Danilo do que pelas presenças de Souza e Lenny. E teve um pênalti claro, na cara do árbitro, que poderia significar a vitória que acabou por não vir.
É certo que o 0 a 0 deixa tudo mais ou menos na mesma, mas, pelo rendimento dos dois times, tem mais motivo o são-paulino para acreditar em seu time na sequência da Libertadores do que tem o palmeirense, apesar de, em tese, o Cruzeiro ser mais rival que o uruguaio Nacional.

Quarta gorda
O próximo dia 27 será daqueles que quem gosta de futebol inventa até desculpa para faltar no trabalho ou na escola à tarde.
Porque Roma será palco de uma final de sonhos na Copa dos Campeões, entre o espetacular time do Barcelona e a máquina de triturar do Manchester United.
O coração catalão bate apertado por Iniesta, Xavi, Henry, Messi e Eto'o, aparentemente menos inteiros neste momento que a orgulhosa armada inglesa. Jogo para se ver de joelhos. À noite, é coisa nossa mesmo.
A começar pelo Mineirão, com este sensacional Cruzeiro x São Paulo, os mineiros num momento mais feliz, os paulistas em busca do rumo meio que perdido, na Libertadores. No Maracanã, Vasco x Corinthians, pela Copa do Brasil, já nas semifinais, com favoritismo alvinegro não só ao fim dos 180 minutos como, também, nos primeiros 90.
Tanto que o Vasco optou por não poupar ninguém na Série B e por jogar fora de São Januário, como se tratando de garantir, por já ter chegado tão longe, no mínimo, uma boa renda nesta quarta-feira.
E ainda tem, no Beira-Rio, Internacional e Coritiba, com o time gaúcho em busca da vaga na final logo no jogo de ida, certo de ser o favorito para vencer a Copa do Brasil.

blogdojuca@uol.com.br


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