São Paulo, terça-feira, 25 de junho de 2002

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JOSÉ GERALDO COUTO

Para espantar a zebra, cuidado com o careca

Tudo indica que Brasil x Turquia será um jogo difícil. Ué, dirão alguns leitores, mas antes da Copa vocês não disseram que a Turquia era time pequeno e que a chave do Brasil era "uma baba"?
Acontece que muita coisa mudou ao longo desta Copa, inclusive o conceito de time pequeno -e de baba. A Turquia cresceu muito desde a derrota para o Brasil. Contra o Senegal fez uma partida quase impecável, em que só apresentou falhas nas conclusões.
O Brasil também melhorou, sobretudo depois da entrada de Kleberson no meio-campo. Fez contra a Inglaterra sua partida mais consistente na Copa. Mas terá um ou dois desfalques importantes contra a Turquia. Enfrenta também o risco do excesso de confiança.
O jogador turco mais perigoso é Hasan Sas, o carequinha que fez o gol contra o Brasil.
Habilidoso, rápido e com excelente visão de jogo, Sas é um Beckham com mais mobilidade e menos dólares na conta bancária. Assim como o meia inglês, arma as jogadas de ataque a partir da lateral do campo (no seu caso, a esquerda). Será prudente mantê-lo sob atenção especial.
O atacante Hakan Sukur perdeu contra o Senegal todos os gols a que tinha direito. Convém também não lhe deixar muito espaço.
Tomadas essas precauções, o Brasil é franco favorito. Se jogar com a seriedade que mostrou contra a Inglaterra, espantará a zebra para longe.

jgcouto@uol.com.br



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