São Paulo, quarta-feira, 25 de julho de 2007
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TOSTÃO Não é só técnico que deve sair
BOTAFOGO E SÃO PAULO são neste momento os mais fortes candidatos ao título do Campeonato Brasileiro. São equipes que não mudam de técnico há muito tempo, estão mais bem colocadas e têm esquemas táticos mais bem definidos. O Botafogo sente mais a falta de Zé Roberto, por não ter um reserva hábil e veloz pela direita, do que de Dodô, o principal jogador do time. André Lima não tem o toque criativo nem faz gols bonitos como Dodô, mas se posiciona bem e finaliza com precisão. Os jogadores do Botafogo continuam se movimentando bastante, confundindo os adversários e narradores e comentaristas. Além de terem funções diferentes dependendo da partida, alguns ocupam várias posições no mesmo jogo, de acordo com o lance. Se Dunga escalar juntos Ronaldinho, Robinho e Kaká, além de um centroavante, deveria conversar com Cuca. O Botafogo seria um bom modelo para a seleção. Ronaldinho e Robinho atuam nos seus clubes mais pelos lados, sem posições fixas, como Zé Roberto e Jorge Henrique. No Milan, Kaká joga na mesma posição de Lúcio Flávio. Ronaldinho e Robinho teriam também de marcar, como fazem Zé Roberto e Jorge Henrique. Essa seria a dificuldade de Dunga. Mesmo jogando bem na vitória sobre o Cruzeiro, o ataque do São Paulo continuou mal. Leandro e Borges não ameaçaram. O primeiro gol saiu de um cruzamento de bola parada de Jorge Wagner, que é a melhor jogada ofensiva do time. O segundo gol aconteceu graças aos dribles e à finalização espetacular do volante Hernanes. Os titulares do ataque, Aloísio e Dagoberto, também não têm atuado bem. Dagoberto foi rotulado de craque, sem nunca ter sido. Ele apenas teve alguns lances de craque no Atlético-PR, o que é diferente. Dagoberto é um bom atacante. As contusões e os problemas com o time paranaense atrapalharam a sua evolução técnica. Santos e Inter, que estão mal colocados na tabela, podem reagir e disputar os primeiros lugares, principalmente o Santos, que voltou a vencer e a jogar bem. Kléber Pereira não é o "centroavante de referência" que pedem há muito tempo para o Santos. Ele é mais do que isso. É um bom atacante. Prefiro o atacante que se movimenta bastante, que participa do jogo coletivo e que também faz gols, como Kléber, do que o tal centroavante de referência, que joga parado, mesmo que seja mais artilheiro. Não se deve confundir também o atacante que se desloca bastante, que recua para receber a bola e armar as jogadas e que tem características de atacante, como Marcos Aurélio, com os meias ofensivos, que às vezes chegam ao ataque para finalizar e que têm características de armadores, como Pedrinho, Tabata e outros. O presidente do Atlético-MG agiu certo ao demitir Zetti. Treinador que coloca na reserva o jogador mais eficiente do time, Coelho, por decisão técnica, deveria sair. Ainda mais que o time piorou sob o seu comando. Já no Corinthians, quem precisa ser demitido não é o técnico Carpegiani, e sim o presidente Alberto Dualib, sua turma e a MSI.
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