|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
SAIBA MAIS
Comissão passa por processo de esvaziamento
DA REPORTAGEM LOCAL
Aberta em junho de 2003,
com base em investigação da
Polícia Federal, a CPI do Banestado (Banco do Estado do Paraná) apura responsabilidades
sobre evasão de divisas do Brasil destinadas a paraísos fiscais.
No entanto, a CPI passa por
um processo de esvaziamento.
No final de agosto, o governo
fechou acordo com a cúpula do
Congresso, incluindo a oposição, para desidratar e matar na
prática a comissão mista no
Congresso, controlando as
suas atividades até dezembro.
Os presidentes do Senado,
José Sarney (PMDB-AP), e da
Câmara, João Paulo Cunha
(PT-SP), serão os condutores
dessa operação, que visa enterrar as rusgas entre Planalto e
governo e oposição, impedindo a apuração de denúncias
contra políticos dos dois lados.
Os oposicionistas dizem que
a CPI tem finalidade político-eleitoral. Já o governo acusou a
oposição de fazer guerra eleitoral com acusações infundadas.
O montante desviado soma
US$ 30 bilhões. O principal
destino do dinheiro no exterior
era a agência do Banestado em
Nova York.
Segundo a PF, um grupo de
doleiros operava diversas contas no Banestado em NY, de
onde movimentavam dinheiro
para outros bancos nos EUA.
De lá, reenviavam a paraísos
fiscais. Há suspeita de lavagem
de dinheiro e ligações com o
tráfico de drogas.
"Assim como no Beacon Hill,
as operações no MTB são suspeitas", diz o relator da CPI, deputado José Mentor (PT-SP).
Ele diz ter ouvido falar da
movimentação envolvendo
um dos membros da cúpula
corintiana com os doleiros.
No mês passado, a PF prendeu 64 doleiros. Eles usavam
uma conta-mãe no banco Chase Manhattan. Batizada de Beacon Hill, ela é investigada nos
EUA por suspeita de lavagem
de dinheiro.
(EAR, RP E RV)
Texto Anterior: Outro lado: Dualib admite ter de prestar contas à Receita Próximo Texto: Outro lado: Citadini atribui transações a um agente de seguro Índice
|