São Paulo, quinta-feira, 25 de setembro de 2008

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Corinthians põe R$ 500 mil a mais por reservas

Agente empresta R$ 600 mil, e clube gasta quase o mesmo por Saci e Ramos

Lateral recebeu R$ 100 mil de luvas em duas vezes, e meio-campista custou outros R$ 400 mil, quantia que também foi parcelada


EDUARDO ARRUDA
PAULO GALDIERI
DA REPORTAGEM LOCAL

Os R$ 600 mil emprestados pelo agente Carlos Leite ao Corinthians não foram suficientes para bancar a vinda de Eduardo Ramos e Wellington Saci.
Os dois reservas de Mano Menezes custaram mais R$ 500 mil, quase o dobro do que havia pedido emprestado a Leite para fechar a compra. O valor total foi de R$ 1,1 milhão.
O dinheiro emprestado pelo empresário do técnico e de parte do grupo não foi dividido igualmente entre as duas compras. O negócio começou na véspera de Corinthians x Barras-PI, pela Copa do Brasil, disputado em Goiânia, em 13 de fevereiro. Na ocasião, houve reunião entre o diretor técnico Antonio Carlos e o auxiliar técnico Mauro com os empresários Francisco Pereira de Araújo e Omar Vasconcellos.
Nesse encontro, no Castro's Hotel, onde a delegação corintiana costuma se hospedar quando vai a Goiânia, Saci foi oferecido. A princípio, Mano recusou o jogador. Em novo encontro, um mês depois, na véspera de Goiás x Corinthians pela Copa do Brasil, Ramos também foi oferecido. A essa altura, Leite, que se tornou procurador da dupla, já havia entrado no negócio, e, então, o técnico mudou de idéia sobre os atletas.
A transação foi fechada na partida de volta entre Corinthians e Goiás, em São Paulo.
Os primeiros R$ 500 mil emprestados por Leite, em 7 de março, foram utilizados para a compra de Saci do Itumbiara.
O clube ainda pagou R$ 100 mil de luvas a Saci. Elas foram quitadas em duas parcelas de R$ 50 mil. Segundo pessoas que acompanharam a negociação, o valor foi pago ao jogador como prestação de serviços -o atleta pediu a um jornalista para emitir a nota. O Corinthians afirma, no entanto, que fez o pagamento ao atleta diretamente.
"O Saci estava vinculado ao Itumbiara e tinha contrato bem longo, até dezembro de 2011. Entramos em acordo com o clube e pagamos direto para eles também em março", diz Mário Gobbi, vice-presidente de futebol do Corinthians.
Os outros R$ 100 mil tomados emprestados com Carlos Leite serviram como entrada para a aquisição de Ramos.
"Como ele estava sendo assediado por outros clubes, conversamos com ele bem antes do seu contrato ser encerrado e fizemos o primeiro pagamento ao jogador no dia 25 de março para não corrermos o risco de perder o atleta", afirma Gobbi.
Todo o restante do dinheiro gasto com a compra do atleta saiu do caixa corintiano.
Na negociação de Eduardo Ramos, o Corinthians fez dois pagamentos com seus próprios recursos, em um total de R$ 400 mil, além dos R$ 100 mil iniciais emprestados por Leite, depositados na conta corrente de Ramos em março.
Outros R$ 70 mil foram pagos como prestação de serviços a Ramos, que emitiu nota de sua empresa para poder receber a quantia, dez dias depois. Depois de o atleta se integrar ao elenco, já em maio, outros R$ 330 mil foram despendidos para completar a transação.


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