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Corinthians põe R$ 500 mil a mais por reservas
Agente empresta R$ 600 mil, e clube
gasta quase o mesmo por Saci e Ramos
Lateral recebeu R$ 100 mil
de luvas em duas vezes,
e meio-campista custou
outros R$ 400 mil, quantia
que também foi parcelada
EDUARDO ARRUDA
PAULO GALDIERI
DA REPORTAGEM LOCAL
Os R$ 600 mil emprestados
pelo agente Carlos Leite ao Corinthians não foram suficientes
para bancar a vinda de Eduardo
Ramos e Wellington Saci.
Os dois reservas de Mano
Menezes custaram mais R$
500 mil, quase o dobro do que
havia pedido emprestado a Leite para fechar a compra. O valor
total foi de R$ 1,1 milhão.
O dinheiro emprestado pelo
empresário do técnico e de parte do grupo não foi dividido
igualmente entre as duas compras. O negócio começou na
véspera de Corinthians x Barras-PI, pela Copa do Brasil, disputado em Goiânia, em 13 de
fevereiro. Na ocasião, houve
reunião entre o diretor técnico
Antonio Carlos e o auxiliar técnico Mauro com os empresários Francisco Pereira de Araújo e Omar Vasconcellos.
Nesse encontro, no Castro's
Hotel, onde a delegação corintiana costuma se hospedar
quando vai a Goiânia, Saci foi
oferecido. A princípio, Mano
recusou o jogador. Em novo encontro, um mês depois, na véspera de Goiás x Corinthians pela Copa do Brasil, Ramos também foi oferecido. A essa altura,
Leite, que se tornou procurador da dupla, já havia entrado
no negócio, e, então, o técnico
mudou de idéia sobre os atletas.
A transação foi fechada na
partida de volta entre Corinthians e Goiás, em São Paulo.
Os primeiros R$ 500 mil emprestados por Leite, em 7 de
março, foram utilizados para a
compra de Saci do Itumbiara.
O clube ainda pagou R$ 100
mil de luvas a Saci. Elas foram
quitadas em duas parcelas de
R$ 50 mil. Segundo pessoas que
acompanharam a negociação, o
valor foi pago ao jogador como
prestação de serviços -o atleta
pediu a um jornalista para emitir a nota. O Corinthians afirma, no entanto, que fez o pagamento ao atleta diretamente.
"O Saci estava vinculado ao
Itumbiara e tinha contrato
bem longo, até dezembro de
2011. Entramos em acordo com
o clube e pagamos direto para
eles também em março", diz
Mário Gobbi, vice-presidente
de futebol do Corinthians.
Os outros R$ 100 mil tomados emprestados com Carlos
Leite serviram como entrada
para a aquisição de Ramos.
"Como ele estava sendo assediado por outros clubes, conversamos com ele bem antes do
seu contrato ser encerrado e fizemos o primeiro pagamento
ao jogador no dia 25 de março
para não corrermos o risco de
perder o atleta", afirma Gobbi.
Todo o restante do dinheiro
gasto com a compra do atleta
saiu do caixa corintiano.
Na negociação de Eduardo
Ramos, o Corinthians fez dois
pagamentos com seus próprios
recursos, em um total de R$
400 mil, além dos R$ 100 mil
iniciais emprestados por Leite,
depositados na conta corrente
de Ramos em março.
Outros R$ 70 mil foram pagos como prestação de serviços
a Ramos, que emitiu nota de
sua empresa para poder receber a quantia, dez dias depois.
Depois de o atleta se integrar ao
elenco, já em maio, outros R$
330 mil foram despendidos para completar a transação.
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