UOL


São Paulo, domingo, 26 de janeiro de 2003

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Time faz seu primeiro jogo oficial após deixar a elite do futebol nacional

Palmeiras A estréia lado B

RODRIGO BUENO
DA REPORTAGEM LOCAL

Se o Palmeiras B já surge como uma força na Série A-3 do futebol paulista, o Palmeiras A estréia hoje no Estadual ainda enfraquecido moralmente pela sua queda à Série B do futebol nacional.
Contra o Mogi Mirim, time que disputa a segunda divisão do Brasileiro, o Palmeiras passa a conviver na prática com sua nova realidade. No Parque Antarctica, os palmeirenses poderão acompanhar a primeira partida oficial de seu clube após o vexatório rebaixamento na temporada passada.
O Paulista abre o ano que será marcado, a menos que ocorra uma improvável virada de mesa, pela peregrinação alviverde no segundo escalão do futebol do país.
"A meta principal é o retorno à primeira divisão. Podemos até ganhar o Paulista, a Copa do Brasil e ir à Libertadores, mas, se não conseguirmos o retorno à elite, não alcançaremos a meta maior para este ano", disse Sebastião Lapola, diretor de futebol do clube.
O Paulista começa para o Palmeiras, na verdade, como um laboratório para a Série B, não só pelos adversários que o time terá nesta fase -todos os clubes são do interior, sendo que só dois, Guarani e Ponte Preta, são da elite do futebol brasileiro-, mas também pela preparação de uma equipe que perdeu astros e recebeu reforços pouco conhecidos.
"Se você me perguntar se prefiro os títulos ou voltar à Série A, vou te dizer que prefiro o acesso. O ideal é fazer uma boa campanha no Paulista e na Copa do Brasil e preparar o time para a Série B, que precisamos vencer", disse o meia Zinho, o jogador mais experiente do time. "Tenho muitos títulos. Mas não tenho experiência em segunda divisão. Seria um título inédito. Temos novos jogadores, que não participaram da tragédia do ano passado. É bom."
Os que não estavam na campanha do Brasileiro falam como se estivessem e deixam claro que a marca do rebaixamento acompanhará o time. "Não caí com o Palmeiras, mas estou no grupo e agora faço parte. Para mim, é questão de honra. Não podemos perder nada", disse o volante Magrão, que estava no São Caetano no segundo semestre passado.
Os atletas se reuniriam com a organizada Mancha Alviverde anteontem, pois sabem a pressão que terão, principalmente após a derrota de ontem dos juniores do clube na final da Copa SP, que poderia marcar o início de uma ano de redenção. "Não sei como a torcida se comportará. Cair para a Série B foi um impacto grande", disse o meia Pedrinho, principal aposta do time e que ainda toma remédio contra depressão.


Texto Anterior: Painel FC
Próximo Texto: "Sãocaetanizado", Palmeiras está otimista
Índice


UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.