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Time faz seu primeiro jogo oficial após deixar a elite do futebol nacional
Palmeiras A estréia lado B
RODRIGO BUENO
DA REPORTAGEM LOCAL
Se o Palmeiras B já surge como
uma força na Série A-3 do futebol
paulista, o Palmeiras A estréia hoje no Estadual ainda enfraquecido
moralmente pela sua queda à Série B do futebol nacional.
Contra o Mogi Mirim, time que
disputa a segunda divisão do Brasileiro, o Palmeiras passa a conviver na prática com sua nova realidade. No Parque Antarctica, os
palmeirenses poderão acompanhar a primeira partida oficial de
seu clube após o vexatório rebaixamento na temporada passada.
O Paulista abre o ano que será
marcado, a menos que ocorra
uma improvável virada de mesa,
pela peregrinação alviverde no segundo escalão do futebol do país.
"A meta principal é o retorno à
primeira divisão. Podemos até ganhar o Paulista, a Copa do Brasil e
ir à Libertadores, mas, se não conseguirmos o retorno à elite, não
alcançaremos a meta maior para
este ano", disse Sebastião Lapola,
diretor de futebol do clube.
O Paulista começa para o Palmeiras, na verdade, como um laboratório para a Série B, não só pelos adversários que o time terá
nesta fase -todos os clubes são
do interior, sendo que só dois,
Guarani e Ponte Preta, são da elite
do futebol brasileiro-, mas também pela preparação de uma
equipe que perdeu astros e recebeu reforços pouco conhecidos.
"Se você me perguntar se prefiro os títulos ou voltar à Série A,
vou te dizer que prefiro o acesso.
O ideal é fazer uma boa campanha no Paulista e na Copa do Brasil e preparar o time para a Série B,
que precisamos vencer", disse o
meia Zinho, o jogador mais experiente do time. "Tenho muitos títulos. Mas não tenho experiência
em segunda divisão. Seria um título inédito. Temos novos jogadores, que não participaram da tragédia do ano passado. É bom."
Os que não estavam na campanha do Brasileiro falam como se
estivessem e deixam claro que a
marca do rebaixamento acompanhará o time. "Não caí com o Palmeiras, mas estou no grupo e agora faço parte. Para mim, é questão
de honra. Não podemos perder
nada", disse o volante Magrão,
que estava no São Caetano no segundo semestre passado.
Os atletas se reuniriam com a
organizada Mancha Alviverde anteontem, pois sabem a pressão
que terão, principalmente após a
derrota de ontem dos juniores do
clube na final da Copa SP, que poderia marcar o início de uma ano
de redenção. "Não sei como a torcida se comportará. Cair para a
Série B foi um impacto grande",
disse o meia Pedrinho, principal
aposta do time e que ainda toma
remédio contra depressão.
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