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FUTEBOL
Pegando o time do ABC de exemplo, clube não acredita estar inferiorizado tecnicamente em relação aos seus rivais
"Sãocaetanizado", Palmeiras está otimista
DA REPORTAGEM LOCAL
"O Palmeiras tem hoje o melhor jogador do Brasil: Pedrinho."
A opinião do meia Adãozinho,
um dos principais reforços do
Palmeiras para este ano, ainda
não é a de muita gente, mas o otimismo está sendo uma marca do
renovado time palmeirense.
"O elenco do Palmeiras era sim
inferior aos elencos de São Paulo,
Corinthians e Santos. Mas, com a
chegada dos últimos reforços, estamos agora no mesmo nível dos
outros", disse Sebastião Lapola,
diretor de futebol do clube.
Os zagueiros Gustavo e Dênis, o
meia Toni e o atacante colombiano Carlos Castro foram os últimos reforços da equipe, todos apresentados na quinta-feira.
"Estou seguro de que o Palmeiras vai ter excelentes resultados
em campo", disse o técnico Jair
Picerni, mesmo sem saber ainda
ao certo qual é sua formação ideal.
O treinador é apenas um dos
nomes do atual Palmeiras que fizeram fama recentemente no São
Caetano. Magrão, Claudecir e
Adãozinho, três meio-campistas
que chegaram à equipe, eram estrelas no time do ABC e hoje, na
nova realidade palmeirense, também podem posar de astros.
"Não adianta falar que o Palmeiras é time grande. Tem que
ganhar dentro de campo. O São
Caetano mostrou isso. Se o Palmeiras está seguindo o exemplo
do São Caetano, está seguindo um
bom exemplo", disse Claudecir.
Os ex-ídolos do São Caetano sabem bem o que é jogar na segunda divisão e querem fazer da união o segredo para o sucesso.
"Em todo lugar, você precisa ter
bom ambiente de trabalho. Isso é
fundamental. Cada um com sua
qualidade, formaremos um bom
grupo", disse Picerni, que tem
uma dúvida no meio: o vigoroso
Adãozinho ou o técnico Zinho.
Adãozinho, que chegou a ficar
na reserva no segundo semestre
no São Caetano, fala com tanta
admiração dos concorrentes que
parece não se importar muito em
ficar no banco de reservas.
"O Palmeiras tem Pedrinho,
Dodô, Zinho, Muñoz, grandes jogadores. Com esse time, podemos
encarar todos os adversários de
igual para igual", disse o meia.
Muñoz ganhou um lugar na
equipe porque Picerni decidiu
trocar o esquema 4-5-1, testado
inicialmente, pelo 4-4-2. Ele foi reserva e depois colocou no banco o
conterrâneo Carlos Castro.
"Jogamos no Nacional de Medellín em 98 e 99. Foi uma surpresa ele vir. Talvez joguemos juntos", disse o atacante -só ele e Zinho, dos titulares prováveis de
hoje, começaram a fatídica partida contra o Vitória no Brasileiro.
Pedrinho está bastante animado com a volta ao futebol, ao time
titular e à condição de grande estrela. "Sei que terei uma grande
responsabilidade. Tenho pouco
tempo para retribuir a confiança
que estão colocando em mim."
O meia afirma que não vê um
Palmeiras tecnicamente inferior
aos rivais. "O São Paulo tem o Kaká, o Ricardinho. Mas acho que o
time do Palmeiras não deve nada
a ninguém."
(RODRIGO BUENO)
NA TV - Sportv, às 17h
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