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São Paulo, domingo, 26 de janeiro de 2003

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FUTEBOL

Pegando o time do ABC de exemplo, clube não acredita estar inferiorizado tecnicamente em relação aos seus rivais

"Sãocaetanizado", Palmeiras está otimista

DA REPORTAGEM LOCAL

"O Palmeiras tem hoje o melhor jogador do Brasil: Pedrinho."
A opinião do meia Adãozinho, um dos principais reforços do Palmeiras para este ano, ainda não é a de muita gente, mas o otimismo está sendo uma marca do renovado time palmeirense.
"O elenco do Palmeiras era sim inferior aos elencos de São Paulo, Corinthians e Santos. Mas, com a chegada dos últimos reforços, estamos agora no mesmo nível dos outros", disse Sebastião Lapola, diretor de futebol do clube.
Os zagueiros Gustavo e Dênis, o meia Toni e o atacante colombiano Carlos Castro foram os últimos reforços da equipe, todos apresentados na quinta-feira.
"Estou seguro de que o Palmeiras vai ter excelentes resultados em campo", disse o técnico Jair Picerni, mesmo sem saber ainda ao certo qual é sua formação ideal.
O treinador é apenas um dos nomes do atual Palmeiras que fizeram fama recentemente no São Caetano. Magrão, Claudecir e Adãozinho, três meio-campistas que chegaram à equipe, eram estrelas no time do ABC e hoje, na nova realidade palmeirense, também podem posar de astros.
"Não adianta falar que o Palmeiras é time grande. Tem que ganhar dentro de campo. O São Caetano mostrou isso. Se o Palmeiras está seguindo o exemplo do São Caetano, está seguindo um bom exemplo", disse Claudecir.
Os ex-ídolos do São Caetano sabem bem o que é jogar na segunda divisão e querem fazer da união o segredo para o sucesso.
"Em todo lugar, você precisa ter bom ambiente de trabalho. Isso é fundamental. Cada um com sua qualidade, formaremos um bom grupo", disse Picerni, que tem uma dúvida no meio: o vigoroso Adãozinho ou o técnico Zinho.
Adãozinho, que chegou a ficar na reserva no segundo semestre no São Caetano, fala com tanta admiração dos concorrentes que parece não se importar muito em ficar no banco de reservas.
"O Palmeiras tem Pedrinho, Dodô, Zinho, Muñoz, grandes jogadores. Com esse time, podemos encarar todos os adversários de igual para igual", disse o meia.
Muñoz ganhou um lugar na equipe porque Picerni decidiu trocar o esquema 4-5-1, testado inicialmente, pelo 4-4-2. Ele foi reserva e depois colocou no banco o conterrâneo Carlos Castro.
"Jogamos no Nacional de Medellín em 98 e 99. Foi uma surpresa ele vir. Talvez joguemos juntos", disse o atacante -só ele e Zinho, dos titulares prováveis de hoje, começaram a fatídica partida contra o Vitória no Brasileiro.
Pedrinho está bastante animado com a volta ao futebol, ao time titular e à condição de grande estrela. "Sei que terei uma grande responsabilidade. Tenho pouco tempo para retribuir a confiança que estão colocando em mim."
O meia afirma que não vê um Palmeiras tecnicamente inferior aos rivais. "O São Paulo tem o Kaká, o Ricardinho. Mas acho que o time do Palmeiras não deve nada a ninguém." (RODRIGO BUENO)


NA TV - Sportv, às 17h


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