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BASQUETE
Pela primeira vez, quatro Estados iniciam a disputa do torneio masculino com chances reais de ficar com o título
Nacional-2003 descentraliza os favoritos
ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL
Times de quatro Estados -São
Paulo, Rio, Minas e Goiás- devem disputar o título do Nacional
masculino deste ano. Nunca antes
tantas regiões do país sonharam
com a taça. Pelo menos quatro times jogam o torneio, que tem seu
início hoje, com oito jogos, com
chances reais de ser campeões.
O Vasco, bicampeão em 2000 e
2001 e que caiu na semifinal do
ano passado, se reforçou bem.
Trouxe de volta o armador Charles Byrd e o pivô Vargas, que concluiu sua naturalização, abrindo
uma vaga para outro estrangeiro.
O clube já anunciou o argentino
Daniel Farabello, que deve chegar
no final do mês. Em se tratando
do Vasco dos últimos anos, convém esperar até a estréia do ala-armador -seis ex-atletas do clube de São Januário estão cobrando salários atrasados na Justiça.
"Estamos com um time de ponta. Se não tivermos problemas de
contusão, seremos competitivos",
prevê o técnico Hélio Rubens, que
perdeu a equipe titular inteira na
fracassada campanha no último
Estadual do Rio -o Vasco só foi
confirmado neste Nacional graças
à desistência do Botafogo.
Outro Estado que chega com
boa chance de reconquistar um
Brasileiro de basquete é Goiás. O
Universo-Ajax investiu pesado na
contratação de jogadores experientes, com passagem pela seleção brasileira. Trouxe Ratto, Vanderlei, Rogério, Sandro e Janjão.
Há 30 anos, uma equipe do Estado, o Vila Nova, dirigido na
época pelo lendário técnico Togo
Renan Soares, o Kanela, conquistou o título da antiga Taça Brasil.
"Só vamos sentir quais as nossas chances reais durante o campeonato. Acho que este será o Nacional mais difícil, porque há
muitas equipes de bom nível",
opina o técnico Alberto Bial.
Se Rio e Goiás buscam voltar a
conquistar um título brasileiro,
Minas tenta, neste ano, ganhar
sua primeira taça. A principal
aposta do Estado é o Universo-Minas, que montou um time capaz de ir mais longe do que em
2002, quando caiu nas quartas-de-final. "Precisávamos de um pivô, e a contratação do Luis Fernando deixou nosso time completo", diz o técnico Flávio Davis.
O COC/Ribeirão Preto aparece
como a maior esperança de São
Paulo. A equipe concluiu, na semana passada, uma campanha
perfeita no Paulista -foram 39
vitórias até fechar a série final,
contra a Uniara, em 3 a 0.
"Para ter sucesso no Brasileiro,
nosso time precisará dar algo
além do que deu no Paulista. O
Nacional é uma competição ainda
mais difícil e há até 12 times em
condições de chegar aos mata-matas", analisa Aluísio Ferreira, o
Lula, técnico do time de Ribeirão.
Os outros times paulistas estão
um patamar abaixo. O Bauru,
atual campeão brasileiro, sofreu
um desmanche. Do time titular
do ano passado, sobrou apenas o
armador Leandrinho.
A Uniara, vice do Paulista, dispensou quatro atletas -Márcio,
Rodrigo Bahia, Pedro e Diogo-,
às vésperas da estréia, para conter
despesas. Em um campeonato
desgastante como o Nacional, ter
menos opções para o revezamento na quadra pode ser fatal.
NA TV - Sportv, ao vivo,
Londrina x Minas, às 10h30, e
Universo-Ajax x Flamengo, às 20h
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