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São Paulo, domingo, 26 de janeiro de 2003

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BASQUETE

Pela primeira vez, quatro Estados iniciam a disputa do torneio masculino com chances reais de ficar com o título

Nacional-2003 descentraliza os favoritos

ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL

Times de quatro Estados -São Paulo, Rio, Minas e Goiás- devem disputar o título do Nacional masculino deste ano. Nunca antes tantas regiões do país sonharam com a taça. Pelo menos quatro times jogam o torneio, que tem seu início hoje, com oito jogos, com chances reais de ser campeões.
O Vasco, bicampeão em 2000 e 2001 e que caiu na semifinal do ano passado, se reforçou bem. Trouxe de volta o armador Charles Byrd e o pivô Vargas, que concluiu sua naturalização, abrindo uma vaga para outro estrangeiro.
O clube já anunciou o argentino Daniel Farabello, que deve chegar no final do mês. Em se tratando do Vasco dos últimos anos, convém esperar até a estréia do ala-armador -seis ex-atletas do clube de São Januário estão cobrando salários atrasados na Justiça.
"Estamos com um time de ponta. Se não tivermos problemas de contusão, seremos competitivos", prevê o técnico Hélio Rubens, que perdeu a equipe titular inteira na fracassada campanha no último Estadual do Rio -o Vasco só foi confirmado neste Nacional graças à desistência do Botafogo.
Outro Estado que chega com boa chance de reconquistar um Brasileiro de basquete é Goiás. O Universo-Ajax investiu pesado na contratação de jogadores experientes, com passagem pela seleção brasileira. Trouxe Ratto, Vanderlei, Rogério, Sandro e Janjão.
Há 30 anos, uma equipe do Estado, o Vila Nova, dirigido na época pelo lendário técnico Togo Renan Soares, o Kanela, conquistou o título da antiga Taça Brasil.
"Só vamos sentir quais as nossas chances reais durante o campeonato. Acho que este será o Nacional mais difícil, porque há muitas equipes de bom nível", opina o técnico Alberto Bial.
Se Rio e Goiás buscam voltar a conquistar um título brasileiro, Minas tenta, neste ano, ganhar sua primeira taça. A principal aposta do Estado é o Universo-Minas, que montou um time capaz de ir mais longe do que em 2002, quando caiu nas quartas-de-final. "Precisávamos de um pivô, e a contratação do Luis Fernando deixou nosso time completo", diz o técnico Flávio Davis.
O COC/Ribeirão Preto aparece como a maior esperança de São Paulo. A equipe concluiu, na semana passada, uma campanha perfeita no Paulista -foram 39 vitórias até fechar a série final, contra a Uniara, em 3 a 0.
"Para ter sucesso no Brasileiro, nosso time precisará dar algo além do que deu no Paulista. O Nacional é uma competição ainda mais difícil e há até 12 times em condições de chegar aos mata-matas", analisa Aluísio Ferreira, o Lula, técnico do time de Ribeirão.
Os outros times paulistas estão um patamar abaixo. O Bauru, atual campeão brasileiro, sofreu um desmanche. Do time titular do ano passado, sobrou apenas o armador Leandrinho.
A Uniara, vice do Paulista, dispensou quatro atletas -Márcio, Rodrigo Bahia, Pedro e Diogo-, às vésperas da estréia, para conter despesas. Em um campeonato desgastante como o Nacional, ter menos opções para o revezamento na quadra pode ser fatal.


NA TV - Sportv, ao vivo, Londrina x Minas, às 10h30, e Universo-Ajax x Flamengo, às 20h


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