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ABC mostra agora força de seu A
Algoz de Atlético-MG e Palmeiras, Santo André brilha na Copa do Brasil e vê oportunidade de, como o vizinho São Caetano, ganhar reconhecimento nacional e disputar Libertadores
MÁRVIO DOS ANJOS
DA REPORTAGEM LOCAL
Vizinho do São Caetano, clube
sensação do futebol brasileiro nos
últimos anos, o Santo André ensaia novos passos para ganhar
respeito no futebol nacional e se
aproximar de seu rival no ABC.
O time enfrenta hoje o 15 de Novembro-RS, no Pacaembu, em
São Paulo, às 21h45, pela fase semifinal da Copa do Brasil, e vem
credenciado por uma ótima campanha, ainda que turbulenta.
O Ramalhão, como é chamado
pelos torcedores, eliminou do torneio Atlético-MG, Guarani e Palmeiras, que juntos somam seis
Campeonatos Brasileiros. Façanhas mais significativas que a do
adversário, o hiperdesconhecido
15 de Novembro, da Série C, que
de campeões só venceu o Vasco.
Mas não foi fácil. No meio da
competição, o clube perdeu seis
jogadores -donos do próprio
passe e contratados apenas para a
disputa do Campeonato Paulista.
O time não teve como segurar a
saída de peças importantes.
Dos titulares, Vander e Alexandre foram para a Ponte Preta, e
Cléber Gaúcho, para o Criciúma,
ambos da Série A. A segunda divisão também fez vítimas: Fumagalli se mandou para o Marília, e Edmílson e Cláudio, para a Lusa.
"Se a gente ganhar a Copa do
Brasil, vai ser com o time reserva.
Se ainda fosse o titular, eu já estaria comemorando", afirma Ovidio Simpionato, 49, presidente da
Tuda (Torcida Uniformizada
Dragões Andreenses) e seguidor
do clube desde 1979.
Para não perder o costume do
sufoco, nem na Segundona o Santo André consegue um refresco: o
clube perdeu 12 pontos (está com
seis negativos) em caso similar ao
que fez o Coritiba perder pontos
na Série A. Dois jogadores não
constavam no BID, boletim em
que a CBF divulga os inscritos.
Não fosse isso, o time estaria em
quinto lugar. O clube entrou com
recurso no STJD e tenta, como o
Coritiba, recuperar os pontos.
Após eliminar o Guarani nas oitavas-de-final, foi a vez do técnico
Luís Carlos Ferreira sair da equipe, rumo ao Sport. Em seu lugar
entrou Péricles Chamusca, que se
celebrizou por levar o Brasiliense
à final da Copa do Brasil em 2002,
contra o Corinthians, que terminou campeão. E, para piorar, ainda vinha o Palmeiras.
"Conhecia alguns dos jogadores, como o [zagueiro] Dedimar,
que trabalhou comigo no Vitória,
mas precisei ver fitas para saber
das características do time", afirma Chamusca, que estreou batendo o Ceará por 2 a 0 pela Série B.
Contra o Palmeiras, o Santo André resolveu dar uma de São Caetano. Jogando de igual para igual,
o time azul e branco arrancou empates em 3 a 3, em casa, e 4 a 4, no
Parque Antarctica, conquistando
a vaga pelo número de gols no
campo do adversário.
No total, os números são de respeito: o Santo André conseguiu
quatro empates, duas vitórias e só
uma derrota em sete jogos. Entre
os semifinalistas, o ataque, com 16
gols, só perde para o do Flamengo
(17), que tenta a vaga contra o Vitória em jogo a ser marcado amanhã, após o julgamento de um recurso do clube baiano.
Nada mal para um time fundado em 1967, como Santo André
Futebol Clube, e rebatizado em
1975 como Esporte Clube Santo
André. Mais velhos que o mano
Caetano -fundado em 1989-,
os andreenses nunca chegaram a
finais de Libertadores, Brasileiro
ou mesmo de Paulista.
Hoje, mais desfalques: os meias
Elvis e Ramalho estão suspensos- entram Marquinhos Bolacha e Tássio, autor do gol que eliminou o Palmeiras-, e o zagueiro Alex está lesionado.
NA TV - Santo André x 15 de
Novembro, ao vivo, às 21h45,
na Sportv
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