São Paulo, quarta-feira, 26 de maio de 2004

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FUTEBOL

Cuca quer atenção com a arbitragem, e Luis Fabiano prega catimba argentina contra venezuelanos na Libertadores

São Paulo manhoso joga por semifinal

TONI ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL

Pressão contra a arbitragem, mudança de esquema e catimba para esfriar o jogo.
Esses serão os "cuidados" tomados pelo São Paulo para não deixar escapar a chance de se classificar para a fase semifinal da Libertadores após abrir uma vantagem confortável com a vitória de 3 a 0, no Morumbi, no jogo de ida contra o Deportivo Táchira.
"Conseguimos uma vantagem muito grande e temos que ter concentração para não deixar essa classificação escapar. Todos sabem que estamos muito perto da semifinal", disse o técnico Cuca.
Para a partida de hoje, em San Cristóbal, na Venezuela, o time paulista pode perder até mesmo por dois gols que voltará para o Brasil classificado. No caso de sofrer uma derrota por três gols de diferença, a decisão vai para os pênaltis. A eliminação só acontece se o Deportivo Táchira aplicar uma goleada com quatro ou mais gols de vantagem.
E a primeira medida de Cuca foi colocar em evidência a pressão sobre a arbitragem para a partida desta noite, que será do árbitro colombiano Henry Sanchez. "A cada falta, eles [jogadores do Táchira] vão para cima do juiz. Isso vai induzindo o árbitro a errar mais pra frente", disse o treinador são paulino.
O esquema para a partida, Cuca declarou já ter na cabeça. Vai mudar e reforçar a defesa, apostando na eficiência do 3-5-2. Segundo Rodrigo, que vai formar o trio de zaga junto com Fabão e Lugano, o grupo está bem entrosado para assimilar essa mudança.
"A defesa vai procurar fazer sua parte, como tem feito até aqui."
Com a alteração e a mudança tática, quem perde o lugar na equipe é o meia Marquinhos, que cede o seu lugar para Lugano.
Esperando uma forte pressão da torcida, o atacante Luis Fabiano acha que o time tem que seguir o exemplo dos argentinos.
"Temos que fazer como os argentinos. Administrar o tempo, valorizar a posse de bola, lateral, faltas e escanteios, para fazer o tempo passar", disse o artilheiro, que já marcou seis vezes nesta Libertadores -todos os gols, entretanto, foram no Morumbi.
O dia de ontem, véspera do jogo, foi marcado por uma guerra de nervos do Deportivo para tentar desestabilizar o São Paulo. Os jogadores foram proibidos de treinar no estádio Pueblo Nuevo, local da partida. A decisão foi da diretoria do time venezuelano.
O São Paulo, que agendou o treino de reconhecimento antes de embarcar, foi avisado da proibição uma hora antes.
Os jogadores correram em um campo esburacado de uma universidade local e foram alvo de xingamentos dos alunos, que deixaram as salas de aula para ver o treino dos brasileiros.
Na partida de ida, contra o Deportivo Táchira, a diretoria do São Paulo não autorizou que os venezuelanos treinassem no estádio do Morumbi.


NA TV - Globo, ao vivo, a partir das 21h45


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