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FUTEBOL
Cuca quer atenção com a arbitragem, e Luis Fabiano prega catimba argentina contra venezuelanos na Libertadores
São Paulo manhoso joga por semifinal
TONI ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL
Pressão contra a arbitragem,
mudança de esquema e catimba
para esfriar o jogo.
Esses serão os "cuidados" tomados pelo São Paulo para não deixar escapar a chance de se classificar para a fase semifinal da Libertadores após abrir uma vantagem
confortável com a vitória de 3 a 0,
no Morumbi, no jogo de ida contra o Deportivo Táchira.
"Conseguimos uma vantagem
muito grande e temos que ter
concentração para não deixar essa classificação escapar. Todos sabem que estamos muito perto da
semifinal", disse o técnico Cuca.
Para a partida de hoje, em San
Cristóbal, na Venezuela, o time
paulista pode perder até mesmo
por dois gols que voltará para o
Brasil classificado. No caso de sofrer uma derrota por três gols de
diferença, a decisão vai para os
pênaltis. A eliminação só acontece se o Deportivo Táchira aplicar
uma goleada com quatro ou mais
gols de vantagem.
E a primeira medida de Cuca foi
colocar em evidência a pressão
sobre a arbitragem para a partida
desta noite, que será do árbitro
colombiano Henry Sanchez. "A
cada falta, eles [jogadores do Táchira] vão para cima do juiz. Isso
vai induzindo o árbitro a errar
mais pra frente", disse o treinador
são paulino.
O esquema para a partida, Cuca
declarou já ter na cabeça. Vai mudar e reforçar a defesa, apostando
na eficiência do 3-5-2. Segundo
Rodrigo, que vai formar o trio de
zaga junto com Fabão e Lugano, o
grupo está bem entrosado para
assimilar essa mudança.
"A defesa vai procurar fazer sua
parte, como tem feito até aqui."
Com a alteração e a mudança
tática, quem perde o lugar na
equipe é o meia Marquinhos, que
cede o seu lugar para Lugano.
Esperando uma forte pressão
da torcida, o atacante Luis Fabiano acha que o time tem que seguir o exemplo dos argentinos.
"Temos que fazer como os argentinos. Administrar o tempo,
valorizar a posse de bola, lateral,
faltas e escanteios, para fazer o
tempo passar", disse o artilheiro,
que já marcou seis vezes nesta Libertadores -todos os gols, entretanto, foram no Morumbi.
O dia de ontem, véspera do jogo, foi marcado por uma guerra
de nervos do Deportivo para tentar desestabilizar o São Paulo. Os
jogadores foram proibidos de
treinar no estádio Pueblo Nuevo,
local da partida. A decisão foi da
diretoria do time venezuelano.
O São Paulo, que agendou o
treino de reconhecimento antes
de embarcar, foi avisado da proibição uma hora antes.
Os jogadores correram em um
campo esburacado de uma universidade local e foram alvo de
xingamentos dos alunos, que deixaram as salas de aula para ver o
treino dos brasileiros.
Na partida de ida, contra o Deportivo Táchira, a diretoria do
São Paulo não autorizou que os
venezuelanos treinassem no estádio do Morumbi.
NA TV - Globo, ao vivo, a
partir das 21h45
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