São Paulo, domingo, 26 de junho de 2005

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Por embalo, Palmeiras troca força por jeito

PAULO GALDIERI
DA REPORTAGEM LOCAL

Antes era a força e a marcação. Agora, o jeito. Na tentativa de estancar a oscilação nesta temporada e embalar antes do fim do primeiro quarto do Campeonato Brasileiro, o Palmeiras trocará o vigor físico de jogar com um meio-campo povoado de volantes pela aposta na técnica e capacidade de criação de três hábeis, porém leves, meia-atacantes.
Hoje, às 18h10, pela primeira vez o time do Parque Antarctica terá em campo desde o início de uma partida o trio que é tido por torcedores -e pelo técnico Paulo Bonamigo, de maneira mais velada- como a salvação para o time.
Marcinho (1,70 m e 70 kg) e Juninho (1,60 m e 65 kg) passam a partir da partida em Belém, contra o Paysandu, a dividir com Pedrinho (1,70 m e 65 kg) a responsabilidade de fazer o ataque do Palmeiras funcionar e, assim, conseguir a segunda vitória seguida do time, que acumula dez pontos em oito jogos no Nacional.
O último integrante da trinca de baixinhos volta hoje a iniciar um jogo depois de mais de três meses. A última vez que começou uma partida foi em março, no clássico com o Corinthians pelo Campeonato Paulista. Naquela oportunidade, Pedrinho sofreu uma fratura no pé que o deixou longe dos campos até a semana passada.
Bonamigo, embora se mostre animado com a possibilidade de contar com os três habilidosos jogadores, adota um discurso ponderado ao falar deles atuando pela primeira vez desde o começo. "Eles têm que transportar a qualidade para dentro do campo. Precisamos repetir o desempenho que tivemos contra o Vasco [vitória por 5 a 2]", vaticina o técnico.
E, para tentar tirar o máximo das qualidades da trinca, o treinador montou um esquema "camaleão". Na teoria, Marcinho será o companheiro de ataque de Wa-shington, mas na prática deverá haver uma alternância de posições entre ele e Pedrinho, sempre com a chegada de trás de Juninho, o mais recuado dos três meias.
Sem poder contar com Alceu, suspenso, o Palmeiras terá o seus três zagueiros -jogam Daniel, Nen e Leonardo Silva- protegidos por Marcinho Guerreiro.
Mas a escalação do trio leve, técnico e ofensivo não causa apenas expectativas positivas no treinador palmeirense, que esteve ameaçado de perder o cargo por causa dos maus resultados.
Bonamigo ainda teme pela "fragilidade" de combate desses jogadores, sobretudo de Pedrinho, que ficou muito tempo parado e neste ano ainda não conseguiu engatar uma seqüência de jogos como na temporada passada.
"Ele treinou bem e vai poder suportar talvez até uma carga mais forte. Mas eu não quero queimar etapas", diz o técnico, cauteloso.
No Paysandu, Paulo Campos deverá manter o zagueiro Alex Pinho no lugar de Sílvio. O objetivo é arrumar a defesa, uma das mais vazadas do torneio -17 gols.
No meio-campo, o treinador deve optar por Marquinhos, apesar de Beto e Marabá também disputarem a posição. Alemão, suspenso, fica de fora.
O esquema deve ser o 4-4-2. Nos treinos, entretanto, Campos chegou a testar a formação com três zagueiros e poderá recuar Marquinhos caso necessário.


Colaborou a Agência Folha

NA TV - Sportv (só para Belo Horizonte e SP), ao vivo, às 18h10


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