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Por embalo, Palmeiras troca força por jeito
PAULO GALDIERI
DA REPORTAGEM LOCAL
Antes era a força e a marcação.
Agora, o jeito. Na tentativa de estancar a oscilação nesta temporada e embalar antes do fim do primeiro quarto do Campeonato
Brasileiro, o Palmeiras trocará o
vigor físico de jogar com um
meio-campo povoado de volantes
pela aposta na técnica e capacidade de criação de três hábeis, porém leves, meia-atacantes.
Hoje, às 18h10, pela primeira vez
o time do Parque Antarctica terá
em campo desde o início de uma
partida o trio que é tido por torcedores -e pelo técnico Paulo Bonamigo, de maneira mais velada- como a salvação para o time.
Marcinho (1,70 m e 70 kg) e Juninho (1,60 m e 65 kg) passam a
partir da partida em Belém, contra o Paysandu, a dividir com Pedrinho (1,70 m e 65 kg) a responsabilidade de fazer o ataque do
Palmeiras funcionar e, assim,
conseguir a segunda vitória seguida do time, que acumula dez pontos em oito jogos no Nacional.
O último integrante da trinca de
baixinhos volta hoje a iniciar um
jogo depois de mais de três meses.
A última vez que começou uma
partida foi em março, no clássico
com o Corinthians pelo Campeonato Paulista. Naquela oportunidade, Pedrinho sofreu uma fratura no pé que o deixou longe dos
campos até a semana passada.
Bonamigo, embora se mostre
animado com a possibilidade de
contar com os três habilidosos jogadores, adota um discurso ponderado ao falar deles atuando pela
primeira vez desde o começo.
"Eles têm que transportar a qualidade para dentro do campo. Precisamos repetir o desempenho
que tivemos contra o Vasco [vitória por 5 a 2]", vaticina o técnico.
E, para tentar tirar o máximo
das qualidades da trinca, o treinador montou um esquema "camaleão". Na teoria, Marcinho será o
companheiro de ataque de Wa-shington, mas na prática deverá
haver uma alternância de posições entre ele e Pedrinho, sempre
com a chegada de trás de Juninho,
o mais recuado dos três meias.
Sem poder contar com Alceu,
suspenso, o Palmeiras terá o seus
três zagueiros -jogam Daniel,
Nen e Leonardo Silva- protegidos por Marcinho Guerreiro.
Mas a escalação do trio leve, técnico e ofensivo não causa apenas
expectativas positivas no treinador palmeirense, que esteve
ameaçado de perder o cargo por
causa dos maus resultados.
Bonamigo ainda teme pela "fragilidade" de combate desses jogadores, sobretudo de Pedrinho,
que ficou muito tempo parado e
neste ano ainda não conseguiu
engatar uma seqüência de jogos
como na temporada passada.
"Ele treinou bem e vai poder suportar talvez até uma carga mais
forte. Mas eu não quero queimar
etapas", diz o técnico, cauteloso.
No Paysandu, Paulo Campos
deverá manter o zagueiro Alex Pinho no lugar de Sílvio. O objetivo
é arrumar a defesa, uma das mais
vazadas do torneio -17 gols.
No meio-campo, o treinador
deve optar por Marquinhos, apesar de Beto e Marabá também disputarem a posição. Alemão, suspenso, fica de fora.
O esquema deve ser o 4-4-2. Nos
treinos, entretanto, Campos chegou a testar a formação com três
zagueiros e poderá recuar Marquinhos caso necessário.
Colaborou a Agência Folha
NA TV - Sportv (só para Belo Horizonte e SP), ao vivo, às 18h10
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