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"Sindicalista" critica sorteio e os dirigentes
DA SUCURSAL DO RIO
Insatisfeito com o sorteio, o
presidente da Anaf (Associação Nacional dos Árbitros de
Futebol), Márcio Rezende de
Freitas, disse que "a arbitragem
está largada" no país.
"Está faltando muita coisa.
Sempre somos os culpados pelos erros, mas ninguém quer
nos ajudar a realizar cursos de
capacitação. Para ter uma idéia,
a Escola Nacional de Arbitragem [da CBF] só existe no papel", afirmou Freitas.
O árbitro mineiro culpou os
clubes e a CBF pela má fase dos
"homens de pretos". "Os clubes conseguem gastar milhares
de reais para pagar um jogador,
mas nunca estão dispostos a
nos preparar. Já a CBF amarra
o projeto da escola, e não conseguimos nada. Tenho mais de
500 projetos, mas ninguém nos
responde. Quando algo de errado acontece no campo, todos
transferem a culpa para o juiz."
Apesar das críticas, Freitas,
um dos mais sorteados para
apitar jogos do Nacional, diz
que o presidente da Comissão
Nacional de Arbitragem da
CBF, Armando Marques, não é
o responsável pela situação.
"Ele não tem o dinheiro. Mesmo assim, o Armando deveria
ser mais parceiro da gente."
Embora o sorteio tenha aumentado o número de juízes na
Série A, o presidente da Anaf
disse que o novo sistema "está
acabando com a renovação".
"Isso é uma renovação sem
critério. Agora, a sorte é que
define. Quando falo em renovação, digo que temos é que fazer um trabalho para preparar
o árbitro. Inicialmente, o escalamos na Série C. Com o tempo, ele vai para a Série B. Anos
depois, ele chega à Série A.
Com o sorteio, o trabalho de
formação não é possível", analisou Freitas.
(SR)
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