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FUTEBOL
Scolari e atletas querem 7 dos 9 pontos em disputa contra o Santos e, em seguida, a Lusa e o São Paulo
Palmeiras inicia hoje mini-Paulista
da Reportagem Local
e da Agência Folha, em Santos
Para o Palmeiras, o Brasileiro
começa a se transformar em um
Campeonato Paulista, pelo menos até o próximo final de semana. Afinal, o clássico de hoje, contra o Santos, é o primeiro de três
contra rivais estaduais.
Na quarta-feira, o time de Luiz
Felipe Scolari terá pela frente a
Lusa, também no Parque Antarctica, e, no domingo que vem, o
São Paulo, no Morumbi.
O objetivo do técnico é obter
nos três jogos sete pontos, o que
deve deixá-lo entre os quatro primeiros colocados do torneio.
Na última quarta, após obter a
terceira vitória consecutiva na
competição, sobre o Paraná, fora
de casa, a equipe chegou, pela primeira vez, à zona de classificação,
ocupando o sétimo lugar.
""A chance de deslanchar é agora", disse o meia Zinho. ""Com
três jogos em São Paulo, podemos consolidar nossa boa fase."
Para ele, especialmente contra
Santos e Lusa, pelo fato de as partidas serem no Parque Antarctica, o Palmeiras tem de ganhar seis
pontos. ""Em casa, não podemos
deixar de vencer. Temos que fazer como na Libertadores e usar
nosso campo para pressionar os
adversários o tempo todo."
O volante César Sampaio também encara a série de clássicos
como fundamental para o Palmeiras assegurar a classificação.
""Depois, quando for se aproximando a final de Tóquio (do
Mundial interclubes, contra o
Manchester, em 30 de novembro), o professor (Scolari) deve
poupar alguns titulares, tanto no
Brasileiro quanto na Mercosul.
Então, se quisermos ficar entre os
oito primeiros, temos que garantir a vaga já", disse Sampaio.
E o próprio Scolari raciocina assim. Pelos cálculos do treinador,
se o time vencer hoje, chegando a
21 pontos, ficará com um a mais
do que o planejado, no início do
campeonato, para a ocasião.
E ele exige a vitória sobre o Santos para dar fôlego a seus principais jogadores na segunda metade de outubro, quando a preparação para o jogo no Japão deverá
ficar mais intensa.
""Aí, vou estudar a situação física e emocional de cada um para
ver quem vai poder continuar jogando todas as partidas e quem
precisa de um refresco."
Já o Santos, apesar da má campanha e da necessidade de vencer
para se aproximar da zona de
classificação, pensa ""pequeno".
Para a equipe comandada por
Paulo Autuori, um empate no
Parque Antarctica é considerado
um ótimo resultado.
Mesmo precisando ganhar 18
dos 30 pontos que terá em disputa, como calcula o treinador, ele
próprio admitiu que a equipe hoje jogará para empatar.
"O Santos não deve ter vergonha de jogar fechado, usando os
contra-ataques", declarou o goleiro Zetti, deixando clara a preocupação com a defensa.
Para Cláudio, o segredo é assumir contra o Palmeiras um comportamento semelhante ao adotado pelos adversários que enfrentam o Santos na Vila.
"Precisamos ter a humildade de
fazer uma boa marcação. Na Vila,
a torcida pressiona nosso time
quando não conseguimos marcar
logo o gol. Temos de fazer o Palmeiras sofrer lá o mesmo problema que temos em casa", disse o
zagueiro, que atuará pela primeira vez contra seu ex-clube.
Com 15 pontos na tabela, 3 a
menos do que o rival, o Santos
ocupava até ontem a 12ª colocação, com quatro vitórias, três empates e quatro derrotas.
(JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO e FAUSTO SIQUEIRA)
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