São Paulo, Domingo, 26 de Setembro de 1999
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FUTEBOL
Scolari e atletas querem 7 dos 9 pontos em disputa contra o Santos e, em seguida, a Lusa e o São Paulo

Palmeiras inicia hoje mini-Paulista

da Reportagem Local

e da Agência Folha, em Santos

Para o Palmeiras, o Brasileiro começa a se transformar em um Campeonato Paulista, pelo menos até o próximo final de semana. Afinal, o clássico de hoje, contra o Santos, é o primeiro de três contra rivais estaduais.
Na quarta-feira, o time de Luiz Felipe Scolari terá pela frente a Lusa, também no Parque Antarctica, e, no domingo que vem, o São Paulo, no Morumbi.
O objetivo do técnico é obter nos três jogos sete pontos, o que deve deixá-lo entre os quatro primeiros colocados do torneio.
Na última quarta, após obter a terceira vitória consecutiva na competição, sobre o Paraná, fora de casa, a equipe chegou, pela primeira vez, à zona de classificação, ocupando o sétimo lugar.
""A chance de deslanchar é agora", disse o meia Zinho. ""Com três jogos em São Paulo, podemos consolidar nossa boa fase."
Para ele, especialmente contra Santos e Lusa, pelo fato de as partidas serem no Parque Antarctica, o Palmeiras tem de ganhar seis pontos. ""Em casa, não podemos deixar de vencer. Temos que fazer como na Libertadores e usar nosso campo para pressionar os adversários o tempo todo."
O volante César Sampaio também encara a série de clássicos como fundamental para o Palmeiras assegurar a classificação.
""Depois, quando for se aproximando a final de Tóquio (do Mundial interclubes, contra o Manchester, em 30 de novembro), o professor (Scolari) deve poupar alguns titulares, tanto no Brasileiro quanto na Mercosul. Então, se quisermos ficar entre os oito primeiros, temos que garantir a vaga já", disse Sampaio.
E o próprio Scolari raciocina assim. Pelos cálculos do treinador, se o time vencer hoje, chegando a 21 pontos, ficará com um a mais do que o planejado, no início do campeonato, para a ocasião.
E ele exige a vitória sobre o Santos para dar fôlego a seus principais jogadores na segunda metade de outubro, quando a preparação para o jogo no Japão deverá ficar mais intensa.
""Aí, vou estudar a situação física e emocional de cada um para ver quem vai poder continuar jogando todas as partidas e quem precisa de um refresco."
Já o Santos, apesar da má campanha e da necessidade de vencer para se aproximar da zona de classificação, pensa ""pequeno".
Para a equipe comandada por Paulo Autuori, um empate no Parque Antarctica é considerado um ótimo resultado.
Mesmo precisando ganhar 18 dos 30 pontos que terá em disputa, como calcula o treinador, ele próprio admitiu que a equipe hoje jogará para empatar.
"O Santos não deve ter vergonha de jogar fechado, usando os contra-ataques", declarou o goleiro Zetti, deixando clara a preocupação com a defensa.
Para Cláudio, o segredo é assumir contra o Palmeiras um comportamento semelhante ao adotado pelos adversários que enfrentam o Santos na Vila.
"Precisamos ter a humildade de fazer uma boa marcação. Na Vila, a torcida pressiona nosso time quando não conseguimos marcar logo o gol. Temos de fazer o Palmeiras sofrer lá o mesmo problema que temos em casa", disse o zagueiro, que atuará pela primeira vez contra seu ex-clube.
Com 15 pontos na tabela, 3 a menos do que o rival, o Santos ocupava até ontem a 12ª colocação, com quatro vitórias, três empates e quatro derrotas.
(JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO e FAUSTO SIQUEIRA)


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